quinta-feira, 26 de março de 2009

A SINDROME DE BURNOUT


Por: Gisele Levy

Um efeito significativo do processo de mudança nas relações de trabalho pode ser evidenciado por meio da disseminação progressiva da Síndrome de Burnout entre os trabalhadores. O conjunto de sintomas denominado Burnout é considerado um tipo de stress ocupacional por tratar-se de uma Síndrome desencadeada pelas relações geradas no trabalho assistencial (NUNES SOBRINHO, 2002; REINHOLD, 2002).

Embora não haja, na literatura, um consenso em relação à gênese do Burnout e do stress ocupacional, Abreu et al (2002) discutem o fato de o stress e o Burnout serem ocasionados a partir de situações relacionadas ao ambiente de trabalho. Hespanhol (2005), ao fazer uma abordagem sobre o Burnout e o stress ocupacional, afirma que o stress ocupacional em extremo pode provocar a Síndrome de Burnout. Alguns autores, porém, divergem dessa opinião. Novaes (2004) explica que existem diferenças entre o stress ocupacional e o Burnout, pois segundo ela, o Burnout se refere, exclusivamente, ao aspecto relacional, ao contato intenso com pessoas, caracterizando exclusivamente as profissões assistenciais.

Abreu et al (2002) concordam com esta opinião, pois, segundo os autores, Síndrome de Burnout não é o mesmo que stress ocupacional. Eles explicam que o Burnout é resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas condições de stress. Desta forma, o stress pode ser visto apenas como um determinante para a Síndrome de Burnout.

Apesar das divergências, todos os autores são unânimes quanto ao fato de a Síndrome ser caracterizada como uma resposta ao stress laboral crônico e estar vinculada a sintomas negativos de ordem prática e emocional, envolvendo sentimentos de frustração relacionados ao trabalho. (BORRITZ 2006; CARLOTTO & PALAZZO, 2005; GARCIA & BENEVIDES-PEREIRA, 2003; Abreu et al, 2002; REINHOLD, 2002; DWORKIN, 2001).

O conceito de Burnout se desenvolveu nos Estados Unidos, na década de 70. Anteriormente, outros termos, como "alta exigência", "astenia neurocirculatória" e "fadiga industrial" também foram relacionados ao estado de esgotamento do trabalhador. Embora Christina Maslach e Herbert Freudenberger tenham sido apontados como pioneiros nos estudos sobre a Síndrome, Novaes (2004) citando Benevides-Pereira (2002), aponta que o termo foi adotado primeiramente por Brandley (1969), que teria utilizado o termo “staff Burnout”, referindo-se ao fenômeno psicológico que ocorre com trabalhadores assistenciais. Freudenberger (1974) aplicou o termo Burnout no sentido que é usado hoje (NOVAES, 2004; CARLOTTO, 2002; CODO, 1999).

Atualmente a definição mais aceita da Síndrome de Burnout está baseada na perspectiva sócio-psicológica de Maslach e colaboradores (1986). Os autores descrevem o Burnout como um stress laboral que conduz a um tratamento frio e indiferente com o cliente. Segundo essa leitura, variáveis sócio-ambientais são importantes para o desenvolvimento da Síndrome que é compreendida através de três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal (MALAGRIS, 2002; CARLOTTO, 2002; CODO, 1999).

Exaustão emocional – situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos, em nível afetivo. Percebem esgotada a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas. Despersonalização – desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do trabalho (usuário/clientes) – endurecimento afetivo, “coisificação” da relação. Falta de envolvimento pessoal no trabalho – tendência de uma “evolução negativa”, afetando a habilidade para a realização do trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização. Além da vertente sócio-psicológica, a Síndrome de Burnout pode ser explicada por diferentes concepções: clínica, organizacional e sócio-histórica. Freudenberger (1974) defende uma perspectiva clínica, sob a qual o Burnout representa um estado de exaustão, resultado de um trabalho extenuante, corroborando para que o educador deixe de lado até mesmo suas necessidades. Cherniss (1980) adota um ponto de vista organizacional e explica que os sintomas que compõem a Síndrome são respostas a uma demanda de trabalho estressante, frustrante e monótono. E por fim, Sarason (1983) aponta uma perspectiva sócio-histórica, e explica que, quando as condições sociais não canalizam o interesse de uma pessoa para ajudar a outra, é difícil manter o comprometimento no trabalho e servir aos demais (FARENHOF & FARENHOF, 2002).

Considerando a evolução do de Burnout no trabalho docente sob a perspectiva psicossocial, Codo (1999) explica que as atividades assistenciais detêm uma particularidade estrutural, que é a necessidade do investimento de energia afetiva, para que se alcance os seus objetivos,ou seja, a promoção do bem-estar do outro. No caso da profissão docente, que se caracteriza pelo contato intenso com o alunado, o mesmo acontece. Assim, é necessário que o professor estabeleça um vínculo afetivo com o seu trabalho para que possa efetivar suas atividades. Caso contrário, a deterioração da relação de afeto devido ao desgaste diário na relação com o aluno, conduz o professor a um sentimento de exaustão emocional, caracterizado pelo total esgotamento da energia física e mental. Este estado contínuo de exaustão irá conduzir o profissional a um sentimento de baixa realização pessoal no trabalho, caracterizado pela ausência do vínculo de afeto, imprescindível a esse tipo de atividade. Na etapa da despersonalização, este vínculo é substituído por outro, racional, no qual o professor desenvolve atitudes negativas e críticas em relação ao aluno.

O trabalho passa, então, a ser considerado, apenas, pelo seu valor de troca, de “coisificação”. O aluno e todo o universo que compõe sua atividade profissional passam a ter um tratamento de objeto, descaracterizando totalmente a profissão. É esta perda do sentido do trabalho que se constitui num dos principais fatores responsáveis pelos inúmeros casos de absenteísmo e afastamento do professor. Como aponta MALAGRIS (2004, p.203) “... como o Burnout costuma surgir em áreas onde as pessoas têm mais aspirações, a frustração e a decepção são muito grandes, ocorrendo a perda do sentido no trabalho.”

Considerando a evolução da Síndrome de Burnout, conseqüência de um stress crônico e prolongado, a sensação de perda da energia e falta de disposição em relação ao trabalho, ocorrem de forma gradual, lenta e frequentemente imperceptível. Afetando de maneira significativa a relação entre o indivíduo e suas tarefas. Gimarães e Cardoso (1999) (apud Cornnell,1982) propõe um esquema de sintomas presentes na Síndrome de Burnout, que podem ser apresentados pelo indivíduo:
Sintomas físicos: são similares aos do stress ocupacional, são eles:
1. A fadiga, a sensação exaustão (cansaço crônico),
2. Indiferença ou frieza,
3. Sensação de baixo rendimento profissional,
4. Freqüentes dores de cabeça,
5. Distúrbios gastrintestinais,
6. Alterações do sono (insônia) e
7. Dificuldades respiratórias.

Os Sintomas de conduta: se revelam sob a forma de graves alterações no comportamento que usualmente afetam aos colegas, pacientes, familiares de pacientes e inclusive seus próprios familiares.

Os Sintomas psicológicos: podem aparecer mudanças de comportamento, tais como: trabalhar de forma mais intensa, sentimento de impotência frente a situações da rotina de trabalho, irritabilidade, falta de atenção, aumento do absenteísmo, sentimento de responsabilidade exagerado, atitude negativa, rigidez, baixo nível de entusiasmo, o consumo de álcool e drogas, como uma forma de minimizar os efeitos do cansaço e do esgotamento. Frente a estas questões, muitos pesquisadores vêm estudando o fenômeno do Burnout na Educação. Nunes Sobrinho et al (1988) desenvolveram uma pesquisa com o objetivo de investigar a incidência da Síndrome de Burnout em 119 professores do ensino especial, de Rede Pública Municipal.Para a coleta de dados foi utilizado o (MBI) Inventário Maslach de Burnout. Um dos resultados da pesquisa indicou que os professores que apresentaram maior índice de Burnout eram os que atendiam deficientes auditivos e não haviam recebido qualquer treinamento para lidar com estes portadores de necessidades educativas especiais. De acordo com os resultados, os pesquisadores sugerem que a instalação do processo de stress ocupacional se deva, principalmente, à impossibilidade de o profissional solucionar as questões referentes ao seu posto de trabalho.Assim, a impossibilidade de solucionar situações no cotidiano escolar leva o professor a sofrer de Burnout.

Na pesquisa de Ogeda, et al (2002), Burnout em Professores: a Síndrome do Século XXI Foi realizada uma análise sobre a perspectiva organizacional da Síndrome de Burnout junto aos professores da Rede Municipal de Campo Largo/ Paraná. Participaram da pesquisa 353 professores, que responderam ao (MBI) Maslach Burnout Inventory (Maslach & Jackson, 1986) para avaliar o índice de Burnout. Os pesquisadores constataram que a maioria dos participantes possuía indícios que se aproximavam dos aspetos da Síndrome de Burnout, apresentando sintomas de exaustão emocional e física.

Outra investigação, intitulada Síndrome de Burnout e Fatores Associados: um estudo epidemiológico com professores (Carlotto & Palazzo, 2006), teve como objetivo identificar o índice da Síndrome de Burnout em professores com a análise das variáveis demográficas, laborais e os fatores contribuintes para o stress. A população foi composta por 217 professores de escolas particulares de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul/ Brasil. Para tanto, foram utilizados o Maslach Burnout Inventory (MBI), para medir o índice de Burnout e um inventário sócio-demográfico. Os resultados obtidos revelaram que o mau comportamento dos alunos, as expectativas dos seus familiares e a pouca participação do professor nas decisões institucionais foram os fatores de stress que apresentaram associação direta com as dimensões de Burnout. Quanto às dimensões “Exaustão emocional”, “Despersonalização” e diminuição da “Realização pessoal”, que compõem o Burnout, foram revelados baixos índices.

O número das pesquisas empreendidas sobre a extensão dos efeitos da Síndrome de Burnout, na saúde dos professores, é muito significativo. O mesmo se repete nas investigações voltadas a outras áreas, como a medicina, psicologia, psiquiatria, ergonomia organizacional (SILVEIRA, et al, 2005; Oliveira. & Slavutzky,2005; SPIES, 2004; PEREIRA & JIMENEZ; 2003, VOLPATO, 2003).

Silveira et al (2005) investigaram a incidência da Síndrome de Burnout em 60 policiais civis que trabalham no município de Porto Alegre/RS. Para a coleta de dados foram criados dois grupos: um grupo de 35 policiais envolvidos em atividades externas e outro com 25 policiais envolvidos em atividades internas. O instrumento utilizado para a análise do índice de Burnout, foi o (MBI) Maslach Burnout Inventory. Ao final, a investigação revelou que não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de policiais no que se refere a cada um dos três fatores constituintes da Síndrome “Exaustão emocional”, “Despersonalização” e “Realização pessoal”. A partir deste resultado, os autores sugerem que os sintomas vinculados à Síndrome não são determinados pelo tipo de atividade desempenhada, e alertam para a necessidade de estudos mais amplos que possam aprimorar as investigações sobre o Burnout e sua relação com o trabalho policial.

Oliveira & Slavutzky (2005), em A Síndrome de Burnout nos Cirurgiões-Dentistas de Porto Alegre, investigou-se o nível de Burnout, em uma amostra de 169 cirurgiões-dentistas de Porto Alegre/RS. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário auto-aplicativo, (MBI) Maslach Burnout Inventory. “Ao final da pesquisa foi constatado que os participantes apresentaram baixos índices nas dimensões: “Esgotamento emocional”, “Despersonalização” e “ Realização pessoal”, não sendo detectadas taxas altas de Burnout.

A pesquisa Burnout in occupational therapy: an analysis focused on the level of individual and organizacional consequences (GUTIÉRREZ et al, 2004) teve como objetivo a análise dos diferentes tipos de desgaste profissional, tomando como referência os fatores organizacionais e a Síndrome de Burnout. A amostra foi composta de 110 terapeutas ocupacionais da região autônoma de Madrid que atuavam em instituições que ofereciam serviço de terapia ocupacional. Destes, 89% pertenciam ao gênero feminino e 10%, ao gênero masculino. Os instrumentos para a coleta de dados foram: revisão bibliográfica, entrevistas e um inventário que analisa o índice de Burnout em profissionais de enfermagem (CDPE) Cuestionario de Desgaste Profesional de Enfermería (MORENO-JIMÉNEZ, et al, 2000). Os resultados da pesquisa revelaram associações altamente significativas entre a Síndrome de Burnout e conseqüências adversas relacionadas à saúde e ao campo interpessoal dos participantes. Além disto, indicou a relevância dos fatores relacionados com a sobrecarga do trabalho, as características da tarefa, a falta de amparo e com o reconhecimento por parte dos colegas.

Através da revisão bibliográfica, ficam evidentes os efeitos danosos da Síndrome de Burnout sobre a saúde do professor, colaborando para seu adoecimento e o impossibilitando de realizar plenamente suas tarefas. Neste contexto, é necessária uma reflexão sobre alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da Síndrome.
Referências:
ABREU, et al. Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da psicologia, Brasília: UNISINOS. Centro de Ciências da Saúde. Núcleo de Neurociências, 2002.
CODO, Wanderley (Coord.). Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 1999.
CARLOTTO, M. Síndrome de Burnout e Gênero e o Docentes de Instituições Particulares de Ensino. Revista de Psicologia da UnC, n.1, vol. 1, p. 15-23. 2003.
CARLOTTO, S. M.; CAMARA, G. S. Análise Fatorial do Maslach Burnout Inventory (MBI) em uma amostra de professores de instituições particulares. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p. 499-505, set./dez. 2004.
CARLOTTO M. S.; PALAZZO L. S. Síndrome de burnout e fatores associados: um estudo epidemiológico com professores Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brasil, 2006.
ESTEVE, J. Manuel, O Mal-Estar Docente; A sala de aula e a saúde dos professores. Bauru, SP: EDUSC, 1999.
GOMES L. Trabalho Multifacetado de Professores/As: A Saúde Entre Limites. Rio de Janeiro, FIOCRUZ, 2002, Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em ciências na área de saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz-Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP, 2002.
HESPANHOL, A. Burnout e Stress Ocupacional. Revista Portuguesa de Psicossomática. V.7, n. 1 e 2, jan./dez. 2005.
LEVY, Gisele Cristine T. M. Analise do índice de Burnout em professores da rede pública de ensino. Dissertação Mestrado em Educação – UERJ /PROPED. Rio de Janeiro, 2006
LIMA, Flávia Fatores contribuintes para o afastamento dos professores dos seus postos de trabalho, atuantes em escolas públicas municipais localizadas na região sudeste. Rio de Janeiro: UERJ, 2004. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação, 2004.
LIPP, M. (Org.) O Stress do Professor. Campinas, São Paulo, Ed. Papirus, 2002.
NUNES SOBRINHO, Francisco de Paula; NASSARALLA, Iara (Orgs.). Pedagogia Institucional: fatores humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Zit Editores, 2004.
NUNES SOBRINHO et al. Humanização do posto de trabalho docente: uma alternativa ergonômica na inclusão educacional. In: NUNES SOBRINHO, Francisco de paula (ORG.) . Inclusão Educacional: pesquisa e interfaces. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2003.
______. O stress do professor do ensino fundamental: o enfoque da ergonomia. In: LIPP, Marilda et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.
PEREIRA, Benevides. O Estado da Arte do Burnout no Brasil. Universidade Estadual de Maringá – PR, Departamento de Psicologia, 2002
PEREIRA, L. P.; FERREIRA, L. P. ANAIS II Congresso Brasileiro de Stress teoria e Pesquisa São Paulo/ SP 2005.
REINHOLD H. in: LIPP Marilda et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.

O adolescente e o stress

Por: Gisele Cristine Tenório de Machado Levy
Mestre Educação UERJ - Psicologa
www.giseletlevy@hotmail.com

A adolescência é uma etapa do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o adolescente é aquele indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, estabelece no Art. 2º o seguinte: “... Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade...”. Atualmente o conceito mais aceito é o de que não existe adolescência e sim adolescências em função do panorama político e social do momento. Nesse sentido o tema do stress na adolescência vem chamando a atenção dos especialistas. Devido às mudanças drásticas que estão ocorrendo em diversos setores da sociedade, os casos de stress nesta população são quase comparáveis a média registrada entre os adultos.

A adolescência é um dos períodos mais importantes da vida do indivíduo, é nela que a criança se transforma em adulto, delimitando seu potencial psicológico, físico e social. Na evolução da infância para a fase adulta, o indivíduo atravessa muitos estágios, devido ao crescimento acelerado de seu corpo acompanhado pelo funcionamento vigoroso dos sistemas endócrino e nervoso.

Os aspectos físicos da adolescência, como crescimento e maturação sexual, são componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Mas no que tange às dimensões psicológicas e sociais, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, geração e família. E nesse contexto, onde a subjetividade e os aspectos sócio – culturais assumem um caráter significativo, que pode surgir o stress do adolescente. Nesta fase ocorrem pe
ríodos de extrema instabilidade emocional, é o momento em que o novo se faz presente, através do surgimento de um novo corpo, novas idéias, relações e experiências. A busca por uma identidade torna-se questão de honra e para isso é necessário desafiar as autoridades e as regras.

Ciulla (1976) aponta que há 6000 anos atrás um certo sacerdote egípicio já se referia ao comportamento adolescente com um certo pesar, ele escreveu que “...Vivemos numa era de decadência onde os jovens já não respeitam mais os pais. São grosseiros e impacientes...”. Parece que de lá para cá nada mudou, as queixas sobre o comportamento do adolescente são milenares.

Essa fase turbulenta por vezes é caracterizada por crises religiosas, conflitos familiares, principalmente no que se refere às questões relacionadas à imposição de limites, agressividade, introspecção e dificuldades sexuais.

A presença do stress na adolescência é capaz de intensificar este quadro, Arnett (1999) considera que apesar de que nem todo adolescente tem stress, a probabilidade de desenvolvê-lo é maior na adolescência do que em qualquer outra faixa etária, dependendo da cultura e de diferenças individuais existentes (CALAIS ET AL 2003).

Nesse período existe uma predisposição ao desenvolvimento de quadros patológicos e fatores ambientais desfavoráveis podem ser responsáveis por desencadear alguns desses processos, manifestados por estados depressivos, fobias, comportamentos obsessivos – compulsivos, consumo de bebidas alcoólicas e drogas.

O` Gata (2004) afirma que a modernidade trouxe muitos benefícios e avanços para a sociedade, mas junto com eles, vieram uma série de pressões, vida acelerada, tensão constante, desafios, competições e a violência. Não é de hoje que a adolescência é reconhecida por ser caótica, rebelde e inovadora, porém é necessário considerar que ao fazer parte de uma sociedade que esta em constante transformação, todos os seus integrantes, inclusive os adolescentes, sofrem com as conseqüências desse estado.

As mudanças drásticas que vem ocorrendo em diversos setores, valores éticos, econômicos e políticos, e o crescente fenômeno da globalização, que se alastra através do mundo todo, têm um papel determinante na evolução do stress entre todos os indivíduos, inclusive dos adolescentes.

A organização mundial de Saúde alerta que as doenças neuropsiquiátricas atingem uma a cada quatro pessoas em todo o mundo, chegando a 40% se forem incluídos os distúrbios ligados ao stress. Além disso, de cada dez adolescentes, estima-se, três são vítimas do stress. É quase a média registrada entre os adultos – 50%.

Apesar desses dados alarmantes, poucos estudos têm se dedicado à investigação do stress no adolescente. Mulatu (1995) em uma pesquisa com crianças de 6 a 11 anos da Etiópia, pesquisou 317 meninas e 294 meninos, para verificar a prevalência de fatores psicopatológicos nessas crianças, gerada pela situação de carência vivida pelo país. O estudo revelou que, em ambas as amostras, existiam problemas como: agressividade, incomunicabilidade, ansiedade, depressão, hiperatividade, imaturidade e delinqüência. A presença dos sintomas de stress foi verificada em 21,45% dos meninos e 25,17% das meninas.

Dessa forma, considerando-se que a adolescência se constitui em uma população suscetível e influenciável às estimulações externas psicossociais, conhecer como o stress se manifesta neste grupo é de fundamental importância para os próprios adolescentes, pais e professores.


Fatores contribuintes para o stress do adolescente
A palavra stress foi empregada inicialmente pela física, para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou tensão. O médico endocrinologista Hans Selye (1936) transpôs este termo para a medicina e biologia, definindo o stress como síndrome de adaptação.

Segundo a definição de Lipp (2004), o stress é uma reação normal do organismo e indispensável para a sobrevivência, caracterizando-se por ser um processo complexo, com componentes psicobioquímicos e que tem seu mecanismo desencadeado em resposta a uma necessidade significativa de adequação, frente a um estímulo estressor. Em doses moderadas fornece motivação e o aumento da produtividade, mas em doses excessivas resulta em destruição e desequilíbrio orgânico, prejudicando a qualidade de vida, atingindo as áreas social, da saúde e profissional.

De um modo geral, para que ocorra uma situação de stress é necessária à influência não apenas de um único fator, mas de vários fatores. Estes irão se constituir numa fonte de pressão que levará a angústia do indivíduo e do sistema que o cerca (família, grupo de amigos e escola), desencadeando um estado crescente de tensão e desequilíbrio.

As circunstâncias que contribuem para o desenvolvimento do stress nos adolescentes podemos sem classificadas em dois tipos, os fatores externos e internos. Os fatores externos são aqueles relativos ao meio social em que vivo o indivíduo, são eles, exigências familiares, grupos de amigos, excesso de responsabilidades, exames escolares, escolha profissional, violência, padrões rígidos de beleza, entre outros.

Quanto aos fatores internos, são aqueles que se referem às características pessoais de cada um, como a vulnerabilidade biológica e psicológica, representada por certa predisposição a depressão, perfeccionismo e senso de responsabilidade exagerados e baixa auto–estima.

É importante lembrar que relatos de agitação, euforia, insatisfação, queixas constantes, presença do sentimento de falta de compreensão e um desconforto com as mudanças que estão ocorrendo com o próprio corpo, são comuns nesta fase da vida, não representando necessariamente um sintoma patológico. Porém é preciso cautela ao banalizá-los.

Quando o adolescente começa a apresentar determinados comportamentos, que de uma forma ou de outra estão afetando negativamente suas relações cotidianas é preciso averiguar. Se com relação ao grupo de amigos, ele preferir ficar sempre sozinho no computador, ao invés de sair para encontrá-los, na escola, ficando muito isolado, envolvido em confusões e apresentando baixo rendimento escolar, e na família, evitando de toda o contato com os pais, é preciso investigar a possibilidade de ele estar apresentado um quadro de stress.

Sinais do stress no adolescente
Um dos principais sintomas observados nos consultórios dos especialistas é a presença constante do quadro de insônia. Este fenômeno gera inquietação por que nesta fase do desenvolvimento, o funcionamento fisiológico e psicológico de seu corpo é muito intenso, por este motivo, o adolescente apresenta muita necessidade de sono para poder recarregar suas baterias para o dia seguinte. Além da insônia outros sintomas podem ser observados, tais como:
* Desânimo,
* Impaciência,
* Dores de cabeça,
* Falta de concentração,
* Cansaço excessivo ou entusiasmo exagerado e repentino,
* Uso de drogas
* Isolamento social.

Há solução para o stress?
Não existe uma receita infalível, principalmente no que se refere ao adolescente, mas alguns passos podem ser adotados como medidas de preventivas ou de enfrentamento dependendo do caso.
* Alimentação saudável.
* Atividades físicas e em grupo.
* Controlar o uso do computador, estipulando um tempo para seu uso.
* Sempre que possível o adolescente deve estar ao ar livre, em contato com a natureza.
* Ter um espaço junto aos pais, escola ou amigos, onde o adolescente possa se sentir seguro para expor seus medos e angústias.
* Aprender técnicas de relaxamento.
* Evitar o uso de medicamentos, álcool ou outro tipo de drogas, tais recursos podem mascarar o stress, e não irão auxiliar no tratamento do problema. No caso do stress já estar instalada é recomendado procurar um especialista, psicólogo ou psiquiatra, para uma avaliação e se necessário um acompanhamento psicológico.


Considerações finais
A adolescência é uma fase de rara beleza, nela tudo floresce, o corpo, as possibilidades intelectuais, o sexo e a vida nessa etapa é experimentada de forma urgente e intensa. Mas não nos esqueçamos que em pleno séc. XXI, este indivíduo é arrebatado por centenas de conceitos, modismos, crises econômicas e tudo mais, pois é um cidadão do mundo e como tal sofre todas as desventuras advindas desta realidade. Portanto, nada mais justo que oferecer a esses futuros adultos suficientes condições para que possam usufruir de um estilo de vida produtivo. E para isso uma das opções é que pais, educadores e o próprio adolescente, tenham conhecimento sobre as questões pertinentes ao stress, suas causas, sintomas e possíveis soluções. Dessa forma estaremos trabalhando juntos para que ele possa seguir em frente em condições de usufruir de forma criativa e inovadora sua bela jornada de vida.

Curso de Gerenciamento do Stress com Certificação

Curso de Gerenciamento do Stress com Certificação
21 e 22 de junho de 2009
9h00-13h00 e 14h30-18h30
Hotel Plaza São Rafael, Porto Alegre/RS


Descrição
O curso oferecerá uma perspectiva multimodal cognitiva e comportamental para o gerenciamento do stress, instrumentando os participantes por meio da apresentação das mais recentes pesquisas e práticas.

Público-alvo
Executivos, gerentes, gestores das áreas de recursos humanos e de saúde do setor público e privado, profissionais liberais e de órgãos governamentais com atuação clínica ou empresarial, treinadores, facilitadores de cursos e de workshops que atuam na área de prevenção e de tratamento do stress, profissionais responsáveis pela implantação desses programas. O número de participantes será limitado, para permitir um treinamento mais individualizado, interação entre facilitadores/participantes e entre os participantes entre si.

Duração
16 horas

Objetivos
- Propiciar conhecimento sobre a natureza do stress, seu gerenciamento e prevenção
- Reconhecer os sinais e sintomas do stress em si mesmo e na organização
- Aprender uma perspectiva multimodal cognitiva e comportamental para o gerenciamento preventivo do stress
- Capacitar-se para criar e implementar programas de gerenciamento do stress para si, seus clientes e sua empresa

Programação

Dia 21/6 (domingo) 9h00-13h00 e 14h30-18h30

8h30 Credenciamento
9h00 Boas-vindas da ISMA-BR
9h05 Energização
9h15 Network
10h30 Intervalo
10h45 Entendendo o stress
11h15 Fisiologia do stress
11h45 Stress crônico
12h15 Perguntas/Network
Intervalo para almoço

14h30 Respiração diafragmática
15h00 Causas do stress: teoria e prática
15h45
Sintomas físicos, psicológicos e comportamentais do stress
16h15 Intervalo
16h30 Biofeedback
17h00 Aspectos clínicos das doenças ocupacionais
18h15 Perguntas/Network

Dia 22/6 (segunda-feira) 9h00-13h00 e 14h30-18h30

9h00 Abertura

9h05 Energização
9h15 Custos do stress pessoal e organizacional
9h35 Relaxamento muscular progressivo
10h15 Intervalo
10h30 Implementação de programa de gerenciamento do stress (objetivos, diagnóstico, intervenção)
11h15 Avaliação individual do nível de stress (Breve ICES)
12h15 Gerenciamento preventivo do stress em nível organizacional: intervenções primárias, secundárias e terciárias
12h45 Perguntas / Network
Intervalo para Almoço

14h30 Energização
14h40 Gerenciamento preventivo do stress em nível individual: intervenções primárias, secundárias e terciárias
15h10 Cases de programas de gerenciamento do stress
15h55 Intervalo
16h10 Arquitetura como ferramenta de qualidade de vida (ambientação, cores, iluminação)
16h55 Discussão / Network

Diferencial
- Certificação pela University of Texas, em Arlington (UTA), e International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR)
- Livro Stress e Qualidade de Vida no Trabalho, ed. Atlas (coletânea de artigos escritos por expoentes mundiais nas áreas de saúde e qualidade de vida, como Cary Cooper, Ph.D; Christina Maslach, Ph.D.; James Campbell Quick, Ph.D., entre outros)
- CD com material didático
- Material de apoio
- Avaliação individual do nível de stress (Breve Inventário de Causas e Estratégias para Lidar com o Stress – Breve ICES)
- Referências bibliográficas
- Lista dos participantes
- CD para relaxamento by Wayne Martin

Docentes
James Campbell Quick, Ph.D. (EUA)*
Diretor executivo da Goolsby Leadership Academy da University of Texas, em Arlington, e professor de comportamento organizacional. Integra a lista do Who"s Who in the World. Juntamente com seu irmão Jonathan D. Quick, M.D., cunhou o termo gerenciamento preventivo do stress que foi incluido no Dicionário de Psicologia da American Psychological Association, edição 2007, e também deu origem ao livro Preventive Stress Management in Organizations, editado pela APA. Foi agraciado com o título de Fellow pela American Psychological Association (APA), pela Society for Industrial and Organizational Psychology (SIOP) e pelo The American Institute of Stress (AIS). É autor de inúmeros livros e centenas de artigos publicados em diversos países.

Ana Maria Rossi, Ph.D.
Presidente da ISMA-BR e representante brasileira na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA). Dirige a Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre (RS). Especializou-se no tratamento do stress e biofeedback na Florida State University e na Menninger Foundation. Foi agraciada com o título de Fellow pelo The American Institute of Stress (AIS). É precursora das técnicas de autocontrole e biofeedback no Brasil. Tem artigos publicados em jornais especializados nos EUA e na Europa e seis livros publicados no Brasil.

Carla Dalmaz, Ph.D.
Farmacêutica. Doutora em bioquímica pela UFPR. Professora adjunta do Departamento de Bioquímica da UFRGS e orientadora nos programas de pós-graduação em bioquímica e em neurociências, ICBS, UFRGS. Tem vários artigos publicados em revistas especializadas internacionais sobre os efeitos do stress crônico em animais.

Arqª Myrian Eppinghaus Cirne Lima
Especialista em iluminação, cores, paisagismo e feng shui aplicados nos espaços arquitetônicos, com ênfase em ambientes para relaxamento. É responsável pela ambientação dos Congressos da ISMA-BR e do Dia Nacional de Conscientização do Stress.

Drª. Niura Terezinha Noro
Médica do trabalho da Corsan, HNSG e Saint-Gobain Vidros S.A. É mestre em engenharia com ênfase em ergonomia e diretora administrativa da Sociedade Gaúcha de Medicina do Trabalho (SOGAMT).

*Tradução simultânea
A ISMA-BR reserva-se o direito de realizar mudanças no programa por razões técnicas.

Investimento (9h-18h30)
Taxa de inscrição Até 31/3 Até 31/5 Até o evento
R$ R$ R$
Curso (tradução simultânea) 1.400,00 1.900,00 2.800,00
Curso (sócio ISMA - em dia com anuidade) 1.330,00 1.805,00 2.660,00
Empenho 2.800,00 2.800,00 2.800,00


Taxa de inscrição inclui:
Livro Stress e Qualidade de Vida no Trabalho
CD com material didático
CD para relaxamento
Material de apoio
Avaliação individual de stress (Breve ICES)
Alimentação (4 coffee-breaks e 2 almoços)

Certificação emitida pela University of Texas, em Arlington (UTA), e International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR).


VAGAS LIMITADAS


Inscrições
Formas de pagamento
Boleto bancário
- Este é gerado pelo sistema no momento da escolha desta opção.
- O prazo de quitação é de 5 dias corridos, podendo o mesmo ser pago pela internet, em qualquer agência do Banco do Brasil ou no banco em que o participante preferir.
- A inscrição somente será efetivada após o pagamento do boleto.
- O participante receberá, por e-mail, no prazo de 48 horas, a confirmação da sua inscrição.

Empenho
O responsável pela inscrição deverá enviar cópia da Nota de Empenho via fax (51) 3019.2023 ou pelo e-mail stress@qualitee.com.br. A inscrição somente será efetivada após o recebimento deste documento.


O participante receberá um e-mail automático confirmando sua inscrição.

Dólar - Contate com a empresa organizadora através do telefone (51) 3019.2023 e/ou pelo e-mail stress@qualitee.com.br

Inscrições pela internet serão aceitas até 19/6. Após, somente no local, se houver vagas.




Informações
- A International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), na qualidade de entidade sem fins lucrativos, é isenta de retenção de Imposto de Renda, na forma do que dispõe o art. 21 da Instrução Normativa Conjunta nº 4, de 18/7/97, da SRF, STN, SFC e de IRRF, CSLL, Cofins e PIS/PASEP. A ISMA-BR é inscrita e cadastrada no SICAF. Tem os seguintes registros: CNPJ: 03.915.909/0001-68, Inscrição Municipal: 185.996-21.
- No credenciamento, no dia do evento, o participante deverá apresentar o comprovante de pagamento ou Nota de Empenho referente a sua inscrição.
- Não haverá devolução de nenhuma inscrição efetuada, apenas poderá ser feita a substituição do nome do participante, com aviso por escrito recebido via e-mail (stress@qualitee.com.br), até 19/6.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Inscrições e informações
Qualité Assessoria e Eventos
Fone/fax: (51) 3019.2023 / (51) 8182.6750
E-mail: stress@qualitee.com.br
Responsável: Monique Guimarães / Elisabete Scheid

Informações sobre a ISMA-BR
Fone: (51) 3222.2441 / fax: (51) 3222.8598
E-mail: stress@ismabrasil.com.br


Reservas de hospedagem, passagem aérea e excursões
Liése Martins
Yes Turismo
Fone: (51) 3315.1826 / (51) 3339.5918 / (51) 9943.2873
liesemartins@yesturismo.com.br

Comercialização
ORGANIZAR Soluções em marketing de Eventos
Fone: (51) 9965.1972
E-mail: marlucia@organizar.com.br
Contato: Marlúcia Nickel

III Congresso Latino-Americano de Psicologia da Ulapsi - 09 a 11/09/09 - UamXochimilco, Cidade do México (México)

O III Congresso de Psicologia ULAPSI 2009, que será realizado na Cidade doMéxico de 9 a 11 de Setembro, tem entre seus objetivos dar continuidade aotrabalho realizado nos Congressos de São Paulo (2005) e de Havana (2007), etambém fortalecer nossa organização.
Essas são atividades de vital importância,especialmente se considerarmos a difícil situação econômica e social queatravessam os países de nossa América Latina diante do aumento da pobreza, daexclusão e do desemprego, que afetarão ainda mais a maioria da população que jápadecem desse males.
Nesse sentido, consideramos fundamental a busca dealternativas que permitam a construção de um sistema econômico diferente, quenão se esteja submetido às grandes crises geradas nos centros de especulaçãofinanceira, as quais, junto aos elevados níveis de corrupção, ocultação,distorção, e super-exploração, são traduzidas nos ganhos sendo privatizados nasmãos de poucos, enquanto que as perdas são socializadas entre a maioria dapopulação.
Devido a isso, a ULAPSI referenda o compromisso referente à suaintervenção para contrapor os efeitos negativos da crise atual do sistemacapitalista, a partir da construção e projeção de uma psicologialatino-americana com compromisso social com o mundo.A unidade da América Latina é possível, está no horizonte.
Desde Bolívar sabemosque essa é a chave para sua emancipação, para sua liberação. Apesar dadependência a que fomos submetidos e que afetou nosso desenvolvimento por maisde 500 anos, somos ainda assim ricos em recursos naturais, história, cultura.Agora também está sendo forjado o espírito, a vontade e a determinação para seconseguir a unidade, com a importante contribuição de muitas organizações depsicólogos dos diversos países Latino-americanos que formam a ULAPSI. Cada passona independência da América Latina implica no final dos impérios; o princípio deuma nova era para a humanidade na qual, finalmente, prevaleça a justiça social eeconômica, a paz, a amizade e a liberdade individual e coletiva.Nosso III Congresso Latino-americano de Psicologia da ULAPSI é um ponto deencontro renovado para conjugar nossas experiências científicas e profissionais,conceitos e ferramentas; para analisar perspectivas e desafios; para estabelecercompromissos compartilhados, desenvolver vínculos, propor objetivos e indicarmetas. Um momento histórico de nosso papel contínuo de coletar realidades efazer a mudança possível.Esperamos que os trabalhos e contribuições que sejam apresentadas no Congressopermitam concretizar propostas psicológicas em prol de um modelo social comjustiça, eqüidade, participação e desenvolvimento sustentável; a geração depolíticas públicas em favor do bem-estar social e humano; o estabelecimento deprogramas de intercâmbio acadêmicos, de investigação e informação que permitam aintegração da práxis psicológica na América Latina.Por isso, convidamos você a participar do III Congresso de Psicologia ULAPSI2009.
O III congresso da Ulapsi pretende:1. Impulsionar organização da psicologia na América Latina no contextodemocrático2. Contribuição para uma nova identidade Latino-americana pautada pelo comcompromisso social e democracia.3. Projeção da Psicologia latino-americana no mundo.
Para tanto a estrutura do congresso conta com 3 eixos temáticos:1. A Psicologia Latino-americanaante o Contexto Social e Político Atual1.1 - Os efeitos psicológicos e políticos da migração e da desocupação forçada(*deslocamento)1.2 - Processos Psico-sociais e Multiculturalismo1.3 - Justiça, DH e reparação Psico-social1.4 - Política, subjetividade e Comportamento Democrático1.5 - Efeitos Psicológicos da Repressão Social e Política1.6 - Psicologia, Impactos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável1.7- Conseqüências Psico-sociais das Novas Tecnologias1.8 - Globalização e Trabalho;2. A problemática Epistemológica, Metodológica, Ética e Histórica na Construçãoda Psicologia Latino-Americana2.1 - Referentes; Referencias Epistemológica na América Latina2.2 - Diversidade e Construção metodológica2.3 - Ética e política Compromisso Social da Psicologia2.4 - Contribuições da Psicologia Latino-americana na PerspectivaHistórico-Cultural2.5 - Construções Teóricas da Psicologia latino-americana2.6 - Conceitos e Práticas Psico-terápicas3. Formação Prática Profissional e Compromisso Social na PsicologiaLatino-Americana3.1 - Contribuições da Psicologia aos Processos Educativos3.2 - Prática Psico-social para a Promoção da Saúde3.3 - Intervenção Psico-social para o acesso dos Serviços de Saúde3.4 - Novas tendências Educativas na Formação em Psicologia3. 5 - Intervenção Comunitária e Psico-social3.6 - Práticas Profissionais Mediadas pelas Novas Tecnologias3.7 - Práticas Psico-sociais para promoção do trabalho3.8 - Valorização Social e Atenção aos Adultos maiores, idosos3.9 - Participação da Psicologia no Esporte e Recreação3.10 - Psicologia, Gênero e Mudança Social3.11 - Jovens realidades e desafios na América Latina3.12 - Atenção Psico-social as populações vulneráveis, marginalizadas eexcluídas3.13 - Psicologia e instituições totais
Ciências & CogniçãoCiências & Cognição – http://www.cienciasecognicao.org
Agenda Acadêmica – http://blog.cienciasecognicao.org

III Congresso Latino-Americano de Psicologia da Ulapsi - 09 a 11/09/09 - UamXochimilco, Cidade do México (México)

III Congresso Latino-Americano de Psicologia da Ulapsi - 09 a 11/09/09 - UamXochimilco, Cidade do México (México)O III Congresso de Psicologia ULAPSI 2009, que será realizado na Cidade doMéxico de 9 a 11 de Setembro, tem entre seus objetivos dar continuidade aotrabalho realizado nos Congressos de São Paulo (2005) e de Havana (2007), etambém fortalecer nossa organização. Essas são atividades de vital importância,especialmente se considerarmos a difícil situação econômica e social queatravessam os países de nossa América Latina diante do aumento da pobreza, daexclusão e do desemprego, que afetarão ainda mais a maioria da população que jápadecem desse males. Nesse sentido, consideramos fundamental a busca dealternativas que permitam a construção de um sistema econômico diferente, quenão se esteja submetido às grandes crises geradas nos centros de especulaçãofinanceira, as quais, junto aos elevados níveis de corrupção, ocultação,distorção, e super-exploração, são traduzidas nos ganhos sendo privatizados nasmãos de poucos, enquanto que as perdas são socializadas entre a maioria dapopulação. Devido a isso, a ULAPSI referenda o compromisso referente à suaintervenção para contrapor os efeitos negativos da crise atual do sistemacapitalista, a partir da construção e projeção de uma psicologialatino-americana com compromisso social com o mundo.A unidade da América Latina é possível, está no horizonte. Desde Bolívar sabemosque essa é a chave para sua emancipação, para sua liberação. Apesar dadependência a que fomos submetidos e que afetou nosso desenvolvimento por maisde 500 anos, somos ainda assim ricos em recursos naturais, história, cultura.Agora também está sendo forjado o espírito, a vontade e a determinação para seconseguir a unidade, com a importante contribuição de muitas organizações depsicólogos dos diversos países Latino-americanos que formam a ULAPSI. Cada passona independência da América Latina implica no final dos impérios; o princípio deuma nova era para a humanidade na qual, finalmente, prevaleça a justiça social eeconômica, a paz, a amizade e a liberdade individual e coletiva.Nosso III Congresso Latino-americano de Psicologia da ULAPSI é um ponto deencontro renovado para conjugar nossas experiências científicas e profissionais,conceitos e ferramentas; para analisar perspectivas e desafios; para estabelecercompromissos compartilhados, desenvolver vínculos, propor objetivos e indicarmetas. Um momento histórico de nosso papel contínuo de coletar realidades efazer a mudança possível.Esperamos que os trabalhos e contribuições que sejam apresentadas no Congressopermitam concretizar propostas psicológicas em prol de um modelo social comjustiça, eqüidade, participação e desenvolvimento sustentável; a geração depolíticas públicas em favor do bem-estar social e humano; o estabelecimento deprogramas de intercâmbio acadêmicos, de investigação e informação que permitam aintegração da práxis psicológica na América Latina.Por isso, convidamos você a participar do III Congresso de Psicologia ULAPSI2009.O III congresso da Ulapsi pretende:1. Impulsionar organização da psicologia na América Latina no contextodemocrático2. Contribuição para uma nova identidade Latino-americana pautada pelo comcompromisso social e democracia.3. Projeção da Psicologia latino-americana no mundo.Para tanto a estrutura do congresso conta com 3 eixos temáticos:1. A Psicologia Latino-americanaante o Contexto Social e Político Atual1.1 - Os efeitos psicológicos e políticos da migração e da desocupação forçada(*deslocamento)1.2 - Processos Psico-sociais e Multiculturalismo1.3 - Justiça, DH e reparação Psico-social1.4 - Política, subjetividade e Comportamento Democrático1.5 - Efeitos Psicológicos da Repressão Social e Política1.6 - Psicologia, Impactos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável1.7- Conseqüências Psico-sociais das Novas Tecnologias1.8 - Globalização e Trabalho;2. A problemática Epistemológica, Metodológica, Ética e Histórica na Construçãoda Psicologia Latino-Americana2.1 - Referentes; Referencias Epistemológica na América Latina2.2 - Diversidade e Construção metodológica2.3 - Ética e política Compromisso Social da Psicologia2.4 - Contribuições da Psicologia Latino-americana na PerspectivaHistórico-Cultural2.5 - Construções Teóricas da Psicologia latino-americana2.6 - Conceitos e Práticas Psico-terápicas3. Formação Prática Profissional e Compromisso Social na PsicologiaLatino-Americana3.1 - Contribuições da Psicologia aos Processos Educativos3.2 - Prática Psico-social para a Promoção da Saúde3.3 - Intervenção Psico-social para o acesso dos Serviços de Saúde3.4 - Novas tendências Educativas na Formação em Psicologia3. 5 - Intervenção Comunitária e Psico-social3.6 - Práticas Profissionais Mediadas pelas Novas Tecnologias3.7 - Práticas Psico-sociais para promoção do trabalho3.8 - Valorização Social e Atenção aos Adultos maiores, idosos3.9 - Participação da Psicologia no Esporte e Recreação3.10 - Psicologia, Gênero e Mudança Social3.11 - Jovens realidades e desafios na América Latina3.12 - Atenção Psico-social as populações vulneráveis, marginalizadas eexcluídas3.13 - Psicologia e instituições totaisMaiores informações: http://congresso.ulapsi.org/portugues/apresentacao/Agenda Acadêmica - Ciências & CogniçãoCiências & Cognição – http://www.cienciasecognicao.orgAgenda Acadêmica – http://blog.cienciasecognicao.org