quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Síndrome de Burnout e seus Efeitos sobre a Saude do Professor

Gisele Levy 

Um efeito significativo do processo de mudança nas relações de trabalho pode ser evidenciado por meio da disseminação progressiva da Síndrome de Burnout entre os trabalhadores. O conjunto de sintomas denominado Burnout é considerado um tipo de stress ocupacional por tratar-se de uma Síndrome desencadeada pelas relações geradas no trabalho assistencial (NUNES SOBRINHO, 2002; REINHOLD, 2002).

Embora não haja, na literatura, um consenso em relação à gênese do Burnout e do stress ocupacional, Abreu et al (2002) discutem o fato de o stress e o Burnout serem ocasionados a partir de situações relacionadas ao ambiente de trabalho. Hespanhol (2005), ao fazer uma abordagem sobre o Burnout e o stress ocupacional, afirma que o stress ocupacional em extremo pode provocar a Síndrome de Burnout. Alguns autores, porém, divergem dessa opinião. Novaes (2004) explica que existem diferenças entre o stress ocupacional e o Burnout, pois segundo ela, o Burnout se refere, exclusivamente, ao aspecto relacional, ao contato intenso com pessoas, caracterizando exclusivamente as profissões assistenciais.

Abreu et al (2002) concordam com esta opinião, pois, segundo os autores, Síndrome de Burnout não é o mesmo que stress ocupacional. Eles explicam que o Burnout é resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas condições. Desta forma, o stress pode ser visto apenas como um determinante para a Síndrome de Burnout.

Apesar das divergências, todos os autores são unânimes quanto ao fato de a Síndrome ser caracterizada como uma resposta ao stress laboral crônico e estar vinculada a sintomas negativos de ordem prática e emocional, envolvendo sentimentos de frustração relacionados ao trabalho. (BORRITZ 2006; CARLOTTO & PALAZZO, 2005; GARCIA & BENEVIDES-PEREIRA, 2003; Abreu et al, 2002; REINHOLD, 2002; DWORKIN, 2001).

O conceito de Burnout se desenvolveu nos Estados Unidos, na década de 70. Anteriormente, outros termos, como "alta exigência", "astenia neurocirculatória" e "fadiga industrial" também foram relacionados ao estado de esgotamento do trabalhador. Embora Christina Maslach e Herbert Freudenberger tenham sido apontados como pioneiros nos estudos sobre a Síndrome, Novaes (2004) citando Benevides-Pereira (2002), aponta que o termo foi adotado primeiramente por Brandley (1969), que teria utilizado o termo “staff Burnout”, referindo-se ao fenômeno psicológico que ocorre com trabalhadores assistenciais. Freudenberger (1974) aplicou o termo Burnout no sentido que é usado hoje (NOVAES, 2004; CARLOTTO, 2002; CODO, 1999).

Atualmente a definição mais aceita da Síndrome de Burnout está baseada na perspectiva sócio-psicológica de Maslach e colaboradores (1986). Os autores descrevem o Burnout como um stress laboral que conduz a um tratamento frio e indiferente com o cliente. Segundo essa leitura, variáveis sócio-ambientais são importantes para o desenvolvimento da Síndrome que é compreendida através de três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e baixa realização pessoal (MALAGRIS, 2002; CARLOTTO, 2002; CODO, 1999).

Exaustão emocional – situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos, em nível afetivo. Percebem esgotada a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas. Despersonalização – desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do trabalho (usuário/clientes) – endurecimento afetivo, “coisificação” da relação. Falta de envolvimento pessoal no trabalho – tendência de uma “evolução negativa”, afetando a habilidade para a realização do trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização. Além da vertente sócio-psicológica, a Síndrome de Burnout pode ser explicada por diferentes concepções: clínica, organizacional e sócio-histórica. Freudenberger (1974) defende uma perspectiva clínica, sob a qual o Burnout representa um estado de exaustão, resultado de um trabalho extenuante, corroborando para que o educador deixe de lado até mesmo suas necessidades. Cherniss (1980) adota um ponto de vista organizacional e explica que os sintomas que compõem a Síndrome são respostas a uma demanda de trabalho estressante, frustrante e monótono. E por fim, Sarason (1983) aponta uma perspectiva sócio-histórica, e explica que, quando as condições sociais não canalizam o interesse de uma pessoa para ajudar a outra, é difícil manter o comprometimento no trabalho e servir aos demais (FARENHOF & FARENHOF, 2002).




 
Considerando a evolução do de Burnout no trabalho docente sob a perspectiva psicossocial, Codo (1999) explica que as atividades assistenciais detêm uma particularidade estrutural, que é a necessidade do investimento de energia afetiva, para que se alcance os seus objetivos,ou seja, a promoção do bem-estar do outro. No caso da profissão docente, que se caracteriza pelo contato intenso com o alunado, o mesmo acontece. Assim, é necessário que o professor estabeleça um vínculo afetivo com o seu trabalho para que possa efetivar suas atividades. Caso contrário, a deterioração da relação de afeto devido ao desgaste diário na relação com o aluno, conduz o professor a um sentimento de exaustão emocional, caracterizado pelo total esgotamento da energia física e mental. Este estado contínuo de exaustão irá conduzir o profissional a um sentimento de baixa realização pessoal no trabalho, caracterizado pela ausência do vínculo de afeto, imprescindível a esse tipo de atividade. Na etapa da despersonalização, este vínculo é substituído por outro, racional, no qual o professor desenvolve atitudes negativas e críticas em relação ao aluno.
O trabalho passa, então, a ser considerado, apenas, pelo seu valor de troca, de “coisificação”. O aluno e todo o universo que compõe sua atividade profissional passam a ter um tratamento de objeto, descaracterizando totalmente a profissão. É esta perda do sentido do trabalho que se constitui num dos principais fatores responsáveis pelos inúmeros casos de absenteísmo e afastamento do professor. Como aponta MALAGRIS (2004, p.203) “... como o Burnout costuma surgir em áreas onde as pessoas têm mais aspirações, a frustração e a decepção são muito grandes, ocorrendo a perda do sentido no trabalho.”
Considerando a evolução da Síndrome de Burnout, conseqüência de um stress crônico e prolongado, a sensação de perda da energia e falta de disposição em relação ao trabalho, ocorrem de forma gradual, lenta e frequentemente imperceptível. Afetando de maneira significativa a relação entre o indivíduo e suas tarefas. Gimarães e Cardoso (1999) (apud Cornnell,1982) propõe um esquema de sintomas presentes na Síndrome de Burnout, que podem ser apresentados pelo indivíduo:

Sintomas físicos: são similares aos do stress ocupacional, são eles:

1. A fadiga, a sensação exaustão (cansaço crônico),

2. Indiferença ou frieza,

3. Sensação de baixo rendimento profissional,

4. Freqüentes dores de cabeça,

5. Distúrbios gastrintestinais,

6. Alterações do sono (insônia) e

7. Dificuldades respiratórias.

Os Sintomas de conduta: se revelam sob a forma de graves alterações no comportamento que usualmente afetam aos colegas, pacientes, familiares de pacientes e inclusive seus próprios familiares.

Os Sintomas psicológicos: podem aparecer mudanças de comportamento, tais como: trabalhar de forma mais intensa, sentimento de impotência frente a situações da rotina de trabalho, irritabilidade, falta de atenção, aumento do absenteísmo, sentimento de responsabilidade exagerado, atitude negativa, rigidez, baixo nível de entusiasmo, o consumo de álcool e drogas, como uma forma de minimizar os efeitos do cansaço e do esgotamento. Frente a estas questões, muitos pesquisadores vêm estudando o fenômeno do Burnout na Educação. Nunes Sobrinho et al (1988) desenvolveram uma pesquisa com o objetivo de investigar a incidência da Síndrome de Burnout em 119 professores do ensino especial, de Rede Pública Municipal.Para a coleta de dados foi utilizado o (MBI) Inventário Maslach de Burnout. Um dos resultados da pesquisa indicou que os professores que apresentaram maior índice de Burnout eram os que atendiam deficientes auditivos e não haviam recebido qualquer treinamento para lidar com estes portadores de necessidades educativas especiais. De acordo com os resultados, os pesquisadores sugerem que a instalação do processo de stress ocupacional se deva, principalmente, à impossibilidade de o profissional solucionar as questões referentes ao seu posto de trabalho.Assim, a impossibilidade de solucionar situações no cotidiano escolar leva o professor a sofrer de Burnout.

Na pesquisa de Ogeda, et al (2002), Burnout em Professores: a Síndrome do Século XXI Foi realizada uma análise sobre a perspectiva organizacional da Síndrome de Burnout junto aos professores da Rede Municipal de Campo Largo/ Paraná. Participaram da pesquisa 353 professores, que responderam ao (MBI) Maslach Burnout Inventory (Maslach & Jackson, 1986) para avaliar o índice de Burnout. Os pesquisadores constataram que a maioria dos participantes possuía indícios que se aproximavam dos aspetos da Síndrome de Burnout, apresentando sintomas de exaustão emocional e física.

Outra investigação, intitulada Síndrome de Burnout e Fatores Associados: um estudo epidemiológico com professores (Carlotto & Palazzo, 2006), teve como objetivo identificar o índice da Síndrome de Burnout em professores com a análise das variáveis demográficas, laborais e os fatores contribuintes para o stress. A população foi composta por 217 professores de escolas particulares de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul/ Brasil. Para tanto, foram utilizados o Maslach Burnout Inventory (MBI), para medir o índice de Burnout e um inventário sócio-demográfico. Os resultados obtidos revelaram que o mau comportamento dos alunos, as expectativas dos seus familiares e a pouca participação do professor nas decisões institucionais foram os fatores de stress que apresentaram associação direta com as dimensões de Burnout. Quanto às dimensões “Exaustão emocional”, “Despersonalização” e diminuição da “Realização pessoal”, que compõem o Burnout, foram revelados baixos índices.

O número das pesquisas empreendidas sobre a extensão dos efeitos da Síndrome de Burnout, na saúde dos professores, é muito significativo. O mesmo se repete nas investigações voltadas a outras áreas, como a medicina, psicologia, psiquiatria, ergonomia organizacional (SILVEIRA, et al, 2005; Oliveira. & Slavutzky,2005; SPIES, 2004; PEREIRA & JIMENEZ; 2003, VOLPATO, 2003).

Silveira et al (2005) investigaram a incidência da Síndrome de Burnout em 60 policiais civis que trabalham no município de Porto Alegre/RS. Para a coleta de dados foram criados dois grupos: um grupo de 35 policiais envolvidos em atividades externas e outro com 25 policiais envolvidos em atividades internas. O instrumento utilizado para a análise do índice de Burnout, foi o (MBI) Maslach Burnout Inventory. Ao final, a investigação revelou que não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de policiais no que se refere a cada um dos três fatores constituintes da Síndrome “Exaustão emocional”, “Despersonalização” e “Realização pessoal”. A partir deste resultado, os autores sugerem que os sintomas vinculados à Síndrome não são determinados pelo tipo de atividade desempenhada, e alertam para a necessidade de estudos mais amplos que possam aprimorar as investigações sobre o Burnout e sua relação com o trabalho policial.

Oliveira & Slavutzky (2005), em A Síndrome de Burnout nos Cirurgiões-Dentistas de Porto Alegre, investigou-se o nível de Burnout, em uma amostra de 169 cirurgiões-dentistas de Porto Alegre/RS. Como instrumento para coleta de dados foi utilizado um questionário auto-aplicativo, (MBI) Maslach Burnout Inventory. “Ao final da pesquisa foi constatado que os participantes apresentaram baixos índices nas dimensões: “Esgotamento emocional”, “Despersonalização” e “ Realização pessoal”, não sendo detectadas taxas altas de Burnout.

A pesquisa Burnout in occupational therapy: an analysis focused on the level of individual and organizacional consequences (GUTIÉRREZ et al, 2004) teve como objetivo a análise dos diferentes tipos de desgaste profissional, tomando como referência os fatores organizacionais e a Síndrome de Burnout. A amostra foi composta de 110 terapeutas ocupacionais da região autônoma de Madrid que atuavam em instituições que ofereciam serviço de terapia ocupacional. Destes, 89% pertenciam ao gênero feminino e 10%, ao gênero masculino. Os instrumentos para a coleta de dados foram: revisão bibliográfica, entrevistas e um inventário que analisa o índice de Burnout em profissionais de enfermagem (CDPE) Cuestionario de Desgaste Profesional de Enfermería (MORENO-JIMÉNEZ, et al, 2000). Os resultados da pesquisa revelaram associações altamente significativas entre a Síndrome de Burnout e conseqüências adversas relacionadas à saúde e ao campo interpessoal dos participantes. Além disto, indicou a relevância dos fatores relacionados com a sobrecarga do trabalho, as características da tarefa, a falta de amparo e com o reconhecimento por parte dos colegas.

Através da revisão bibliográfica, ficam evidentes os efeitos danosos da Síndrome de Burnout sobre a saúde do professor, colaborando para seu adoecimento e o impossibilitando de realizar plenamente suas tarefas. Neste contexto, é necessária uma reflexão sobre alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento da Síndrome.


Referências:

ABREU, et al. Estresse ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da psicologia, Brasília: UNISINOS. Centro de Ciências da Saúde. Núcleo de Neurociências, 2002.

CODO, Wanderley (Coord.). Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 1999.


CARLOTTO, M. Síndrome de Burnout e Gênero e o Docentes de Instituições Particulares de Ensino. Revista de Psicologia da UnC, n.1, vol. 1, p. 15-23. 2003.

CARLOTTO, S. M.; CAMARA, G. S. Análise Fatorial do Maslach Burnout Inventory (MBI) em uma amostra de professores de instituições particulares. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 3, p. 499-505, set./dez. 2004.

CARLOTTO M. S.; PALAZZO L. S. Síndrome de burnout e fatores associados: um estudo epidemiológico com professores Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brasil, 2006.

ESTEVE, J. Manuel, O Mal-Estar Docente; A sala de aula e a saúde dos professores. Bauru, SP:

EDUSC, 1999.

GOMES L. Trabalho Multifacetado de Professores/As: A Saúde Entre Limites. Rio de Janeiro,

FIOCRUZ, 2002, Dissertação apresentada para a obtenção do título de mestre em ciências na área de saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz-Escola Nacional de Saúde Pública – ENSP, 2002.

HESPANHOL, A. Burnout e Stress Ocupacional. Revista Portuguesa de Psicossomática. V.7, n. 1 e 2, jan./dez. 2005.

LEVY, Gisele Cristine T. M. Analise do índice de Burnout em professores da rede pública de ensino. Dissertação Mestrado em Educação – UERJ /PROPED. Rio de Janeiro, 2006.

LEVY, Gisele Cristine T. M. O papel do professor na educação inclusiva. In: FACION, J. Raimundo (org.), Inclusão Escolar e suas implicações. Curitiba, ED. IBPEX, 2008.

LIMA, Flávia Fatores contribuintes para o afastamento dos professores dos seus postos de trabalho, atuantes em escolas públicas municipais localizadas na região sudeste. Rio de Janeiro: UERJ, 2004. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação, 2004.

LIPP, M. (Org.) O Stress do Professor. Campinas, São Paulo, Ed. Papirus, 2002.

NUNES SOBRINHO, Francisco de Paula; NASSARALLA, Iara (Orgs.). Pedagogia Institucional: fatores humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Zit Editores, 2004.

NUNES SOBRINHO et al. Humanização do posto de trabalho docente: uma alternativa ergonômica na inclusão educacional. In: NUNES SOBRINHO, Francisco de paula (ORG.) . Inclusão Educacional: pesquisa e interfaces. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2003.

______. O stress do professor do ensino fundamental: o enfoque da ergonomia. In: LIPP, Marilda et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.

PEREIRA, Benevides. O Estado da Arte do Burnout no Brasil. Universidade Estadual de Maringá – PR, Departamento de Psicologia, 2002

PEREIRA, L. P.; FERREIRA, L. P. ANAIS II Congresso Brasileiro de Stress teoria e Pesquisa São Paulo/ SP 2005.

REINHOLD H. in: LIPP Marilda et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.





terça-feira, 2 de novembro de 2010

TEMAS EM PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA

Veja o que tem de novo em TEMAS EM PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA:


Artigos sobre Psicologia Hospitalar e da Saúde, Psicologia do Esporte e TCC, além de outros Temas em Psicologia!

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- Leia novos artigos na sessão de Psicologia da Saúde:
  •  . Tratamento do Tabagismo – Parar de fumar é possível
  • . Mantendo a qualidade de vida na esclerose múltipla: fato, ficção ou realidade circunscrita?
  • - Em Notícias, leia a matéria "O casamento nos faz felizes?" do autor de best-seller e pesquisador de psicologia de Harvard Daniel Gilbert, PhD: “Não é o casamento que te deixa feliz, é o casamento feliz que te faz feliz; as pessoas casadas são mais felizes que os solteiros, talvez porque o melhor preditor da felicidade humana é a qualidade das relações sociais”.
  • - I Encontro de Cuidados Paliativos em Pediatria, do Hospital Federal dos Servidores do Estado, dia 26 de novembro. Mais informações em Cursos e Eventos.

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Raquel Ayres de Almeida

Psicóloga, mestranda em Psicologia
Instituto de Psicologia/UFRJ
e-mail: psi_raquel@yahoo.com.br
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terça-feira, 28 de setembro de 2010

II Seminário de Pedagogia Institucional e
I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: Humanização do posto de trabalho docente.


Foi realizado nos dias 23 e 24 de Setembro de 2010 na faculçdade de Educação UERJ o II Seminário de Pedagogia Institucional e I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: Humanização do posto de trabalho docente, sob a Coordenação de Francisco Nunes, Ph.D., Danielle Castelões, Gisele Levy, M. Sc. e Luiz Antônio Souza, M. Sc.

Segue imagens do evento que teve como objetivo debater, amplamente, as ações das políticas públicas direcionadas para a humanização sistemática do posto de trabalho docente da educação básica e inclusiva, tendo como tópicos os seguintes:
a) a formação inicial e continuada dos professores;
b) as condições de trabalho a que estão expostos em termos de segurança, saúde e do meio ambiente laboral;
c) a qualidade de vida e a saúde do professor inclusionista, desde a educação infantil à pós-graduação.;
d) modelos conceituais das melhores práticas e ações de preservação e de melhoria das condições de trabalho docente;
e) a produção do conhecimento técnico-científico sobre condições de trabalho docente como base para decisões em educação, saúde, questões sindicais, dentre outras.


























terça-feira, 14 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

II Seminário de Pedagogia Institucional e I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: humanização do posto de
trabalho docente



Coordenação:

Francisco Nunes, Ph.D.

Danielle Castelões

Gisele Cristine Tenório de M. Levy, M. Sc.

Luiz Antônio Souza, M. Sc.





Datas: 23 e 24 de Setembro de 2010.

Local: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

1º. Andar - bloco F - Auditórios: 11 e 12 e

12° andar - bloco F -. Rav 122.

Rua: São Francisco Xavier, 524

Campus Maracanã



Inscrições: nupiuerj@hotmail.com

Entrada franca


 
Evento acadêmico, com o objetivo geral de debater, amplamente, as ações das políticas públicas direcionadas para a humanização sistemática do posto de trabalho docente da educação básica e inclusiva, tendo como tópicos os seguintes: a) a formação inicial e continuada dos professores; b) as condições de trabalho a que estão expostos em termos de segurança, saúde e do meio ambiente laboral; c) a qualidade de vida e a saúde do professor, desde a educação infantil à pós-graduação; d) modelos conceituais das melhores práticas e ações de preservação e de melhoria das condições de trabalho docente; e) a produção do conhecimento técnico-científico sobre condições de trabalho docente como base para tomadas de decisões. Serão selecionados temas que abordem o paradigma da humanização de postos de trabalho docente, incluindo-se os preconizados pela ergonomia e áreas afins. Caberá aos palestrantes a disseminação de conhecimentos relativos ao eixo temático proposto, incluindo-se dados de pesquisas recentes. Parte da proposta deste II Seminário converge para a construção de indicadores para a seleção das melhores práticas de preservação da saúde física e mental, da segurança, da qualidade de vida e do bem-estar do professor nos diversos níveis de ensino. Uma obra composta de textos, previamente elaborados pelos palestrantes convidados, será organizada pelos coordenadores do evento.



Programação


23 de setembro de 2010



8 às 9h – Credenciamento dos participantes



9h às 9h15 – Abertura do II Seminário de Pedagogia Institucional e do I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: humanização do posto de trabalho docente

Local: Auditório 11 – Bloco F



Mesa-redonda de abertura: Professor Dr. Ricardo Vieralves de Castro, Reitor da Uerj; Professora Dra. Lia Faria, Diretora da Faculdade de Educação da Uerj; Professora Dra. Deise Mancebo, Coordenadora do Programa de Políticas Públicas e Formação Humana – PPFH/Uerj; Francisco de Paula Nunes Sobrinho, Ph.D., Professor Titular da Uerj e Coordenador do Nupi; Professora Valéria Bento Borges, Diretora da Superintendência Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais; Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes, Ph.D. Professora Titular da Uerj; Professora Dra. Rosana Glat, Professora Adjunta da Uerj; e Professor Wanderley Quedo, Presidente do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro.


23 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA INSTITUCIONAL: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DOCENTE



9h15 às 10h30 – OFICINA DA VOZ – Equipe do Simprorio

Local: Rav 122 - Bloco: F - 12° andar.



10h30 às 11h – Coffee break



11h às 12h30 – Mesa-redonda: QUALIDADE DE VIDA, SÍNDROME DE BURNOUT, STRESS, SAÚDE DA VOZ E AFASTAMENTO DE TRABALHO DOCENTE

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Gisele Cristine Tenório de Machado Levy

Palestrantes: Professor Dr. Ubirajara Baptista Cabral Junior, Professora M.Sc. Juliana Carvesan e Professora M.Sc.Gisele Cristine Tenório de Machado Levy



12h30 às 14h – Almoço



14h às 15h30 – Mesa-redonda: ASSÉDIO MORAL, AGRESSÃO E ATOS DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Roberta Bezerra Brite

Palestrantes: Professora Dra. Margarida Barreto e Professora Especialista Cibele Fernandes.



15h30 às 17 h – Mesa – redonda: RISCOS OCUPACIONAIS, SOBRECARGA COGNITIVA, SOBRECARGA FÍSICA, POSTURAS OCUPACIONAIS E SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM PROFESSORES.

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor Dr. Antônio Renato Pereira Moro

Palestrantes: Professor Dr. Antônio Renato Pereira Moro, Professora Dra. Nadja Ferreira e Professora Dra. Eliane Gerk

17h – Encerramento





23 de setembro de 2010

I SEMINÁRIO SOBRE O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO



9h15 às 12h – Mesa-redonda: POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO: EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor M.Sc. Luiz Antônio Souza

Palestrantes: Professora Dra. Rosana Glat, Profa. M.Sc Carolina Schirmer e Professora Especialista Eliane Carolis

10h30 às 11h – Coffee break

Continuação – Palestrante: Professora Dra. Márcia Pletsch



12h30 às 14h – Almoço



14 às 17h – Mesa-redonda: EDUCAÇÃO CONTINUADA – PROCESSO DE FORMAÇÃO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: REDES DE APOIO

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Patrícia Braun

Palestrantes: Professora M.Sc. Annie Redig e Professora M.Sc. Patrícia Braun

17h – Encerramento

24 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA INSTITUCIONAL: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DOCENTE



8 às 9h – Credenciamento dos participantes



9h às 10h30 – Mesa-redonda: AMBIENTE DE TRABALHO E SAÚDE DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor M.Sc. Luiz Antonio Souza de Araújo

Palestrantes: Professora Dra. Nadja Ferreira e Professor Dr. Nilson Rogério da Silva



10h30 às 11h – Coffee break



11h às 12h30 – Mesa-redonda: A SAÚDE DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA (EAD): FATORES PSICOSSOCIAIS

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora Dra. Adélia Cristina Pessoa Araújo

Palestrantes: Professora Dra. Adélia Cristina Pessoa de Araújo e Professora M.Sc. Maria Esther



12h30 às 14h – Almoço



14h às 15h30 Mesa-redonda: AÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO PROFESSOR

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor Dr. Ubirajara Baptista Cabral Junior

Palestrantes: Professor Dr. Zacarias Gama e Professora Dra. Nilda Alves.



16h – Encerramento

24 de setembro de 2010

I SEMINÁRIO SOBRE O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO



9 às 12h – Mesa-redonda: AMBIENTE DE TRABALHO E SAÚDE DO PROFESSOR

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenadora da Mesa-redonda: Professora Especialista Danielle Castelões

Palestrantes: Professora M.Sc.Lucia Provenzano e Professor Dr. Francisco Nunes



10h30 às 11h – Coffee break



Continuação: Palestrante: Professor Dr. Nilson Rogério



12h30 às 14h – Almoço



14 às 17h – Mesa-redonda: MATERIAL DIDÁTICO, EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIO EDUCACIONAL, TECNOLOGIA ASSISTIVA: ERGONOMIA DO PRODUTO EM EDUCAÇÃO

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professora Dra. Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes

Palestrantes: Professora Dra. Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes, Professora M.Sc. Janaína Resende, Professora Dra. Miryam Pelosi, Professora Dra. Nadja Ferreira e Professora Dra. Catia Walter



17h – Encerramento



NUPI/UERJ

Núcleo de Pedagogia Institucional: www.nupi.uerj.br

Rua São Rua São Francisco Xavier, 524

12º andar – Bl. A – sala: 12017

Tel/Fax: (21) 2587-7759.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Entrevista

Como a Síndrome de Burnout pode atingir os professores

Alexandre Rodrigues Alves



A Síndrome de Burnout

Gisele Levy foi minha colega no Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) na Uerj. Além de sua dedicação e seu empenho nas diversas disciplinas que fizemos juntos, chamava-me a atenção sua preocupação com a saúde dos professores em geral – e dos seus colegas em particular; e não apenas em função do desgaste físico de dar aulas em dois ou três lugares diferentes (ela mesma é de Macaé, passava dois dias por semana no Rio), mas aspectos psicológicos estavam sempre em sua mira afiada.

Pois bem, Gisele acaba de lançar A Síndrome de Burnout nos professores do Ensino Regular, um desdobramento de sua pesquisa para o mestrado e o doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, também na Uerj. Aproveitei a oportunidade do lançamento do livro para entrevistá-la sobre esse assunto que, mesmo não sendo ainda discutido maciçamente, é preocupante para os docentes.

Como o livro tem a ver com suas pesquisas para o mestrado e o doutorado?

A ideia de produzir este livro teve origem na minha dissertação de mestrado, Análise do índice de Burnout em Professores da Rede Pública de Ensino, com a orientação do professor Francisco de Paula Nunes Sobrinho, defendida em 2006. Esse estudo obteve resultados significativos. Dos participantes envolvidos na pesquisa, 75% deles apresentaram o quadro de Burnout; dentre estes, 85% sofriam com a síndrome devido ao sentimento de ameaça em sala de aula. Esses resultados alarmantes - e os das pesquisas feitas em todo o mundo - me estimularam a prosseguir meus estudos acadêmicos nesse campo, no sentido de propor uma forma de enfrentamento da síndrome, mas destinada aos professores. A tese foi intitulada Técnicas de enfrentamento da Síndrome de Burnout em profissionais de educação.

O seu olhar, então, está dirigido aos professores?

Sim. A obra aborda a Síndrome de Burnout tendo como foco os profissionais do magistério. Os seis capítulos do livro refletem nosso bem-sucedido esforço de pesquisa, de reflexão e de replicação de conhecimentos que favorecem a humanização do posto de trabalho docente. Revisamos questões significativas, como a legislação sobre a síndrome, as técnicas de enfrentamento, critérios de avaliação de sintomas e instrumentos destinados à medição do índice de Burnout. Para completar, o último capítulo é destinado diretamente aos professores, apontando sugestões práticas para prevenção e enfrentamento da síndrome.

Vocês conversaram com outras categorias profissionais para preparar o livro?

Na verdade, a obra teve a participação de profissionais como, psicólogos e médicos. Além disso, foi revisado um número bem significativo de pesquisas sobre o tema, que vem afetando de forma expressiva profissionais de diversas áreas. Nesse sentido, é bom assinalar que alguns especialistas, entre os quais me incluo, afirmam que o Burnout é um tipo de estresse ocupacional, que tem relação íntima com as profissões assistenciais, aquelas que oferecem cuidado ao outro.

Quais são os sintomas básicos da síndrome?

Os sintomas englobam aspectos físicos, psicológicos e comportamentais. Alguns deles são, entre os de caráter físico: cefaleias frequentes, exaustão física, insônia e dores serviçais; dentre os psicológicos, destacam-se: dificuldade de atenção, baixa concentração, impaciência e baixa autoestima; entre os comportamentais ressaltamos: Isolamento, aumento da agressividade, perda de iniciativa e dificuldade de assimilação de mudanças.

Como diferenciar essa síndrome de um estresse comum?

É preciso fazer um alerta sobre esse assunto. Na verdade, o estresse é uma função natural do nosso organismo; sem ele nós não sobreviveríamos, por exemplo, a uma alteração climática. O problema ocorre quando esse mecanismo psicofisiológico é disparado inúmeras vezes, sobrecarregando o nosso corpo e, em consequência disso, causando doenças devido à liberação de algumas substâncias – entre elas o cortisol. A diferença entre o estresse e o Burnout é simples. Esta síndrome é um tipo de estresse crônico ocupacional, que se desenvolve a partir de situações pertinentes ao ambiente de trabalho.

Por que professores são vítimas frequentes dessa síndrome? Que situações em sala de aula podem contribuir para o surgimento dessa síndrome? E no ambiente escolar?

Os professores são um alvo fácil para essa síndrome porque são profissionais que trabalham em um tipo de função assistencial, atuando em tempo integral junto a pessoas, necessitando estabelecer vínculos com seu trabalho, colegas, alunos e familiares. E, na medida em que essa relação não se estabelece de forma gratificante, seja por questões salariais, mau comportamento do aluno ou outros tantos fatores, o professor adoece e acaba se afastando de sua profissão. Você sabia que aquele profissional, o mais “apaixonado” pelo seu trabalho, aquele que luta pelos ideais de sua categoria, é o primeiro a sofrer com a síndrome? Isso não é de assustar?

Existe alguma preponderância quanto a sexo ou idade?

Pelas pesquisas que venho analisando até agora, não existe um gênero que tenha predominância na síndrome. Na minha pesquisa, por exemplo, o resultado não foi significativo quanto ao índice de Burnout no gênero feminino. Com relação à faixa etária, no meu estudo ficou claro que os professores com pouca experiência em sala de aula são os mais afetados pelo Burnout. Como os estudos sobre essa síndrome ainda são recentes (tiveram início apenas nos anos 1970) muita coisa ainda será descoberta.

O que o professor pode fazer para tentar evitar o Burnout?

Algumas coisas são básicas. Em primeiro lugar, reconhecer que existe algo de errado com ele e não apenas achar que a profissão docente é um sacerdócio repleto de sofrimento e dor. Além disso, o docente deve ficar alerta aos sintomas da síndrome, prevenir o estresse de seus alunos, cuidar de sua alimentação etc. O ultimo capítulo do livro, Sugestões para o professor prevenir e enfrentar a síndrome de Burnout, aborda exatamente essa temática, oferecendo soluções simples para o combate à síndrome.

Como foi o lançamento do livro?

Eu me senti homenageada; foi o lançamento do resultado de um trabalho que fiz com toda a dedicação, além de servir de alerta para os professores. O professor Francisco Nunes e eu recebemos vários professores e pesquisadores, como Rosana Glat, Leila Nunes (responsável pelo prefácio) e Bernard Rangé, da UFRJ. Estava lá também Lucia Novaes, que, além de assinar um dos capítulos do livro, estava lançando Técnica de controle da raiva. Inúmeros colegas da Uerj também estiveram lá.

Mais informações sobre o livro você encontra no site da Editora Cognitiva ou pelo e-mail info@editoracognitiva.com.br.


terça-feira, 31 de agosto de 2010

Revista Educação Pública

Olá, Alexandre Alves


A revista Educação Pública foi atualizada em 31/08/2010 e tem
novidades para você!

Filosofia

O ser humano desconfia sempre da estabilidade da natureza. Segundo Pablo Capistrano, é simplista afirmar que essa insegurança nasce por influência da mídia.

Sala de aula

A Síndrome de Burnout atinge especialmente profissões assistenciais - entre as quais inclui-se o magistério. Gisele Levy comenta alguns aspectos dessa síndrome e o que fazer para evitá-la.

Letramento

Na dúvida entre o que uma criança deve ler, a solução é a mais simples: aquilo que ela tiver interesse e gostar de ler.

Prosa

Brincar de arma aumenta a violência? Uma história de crianças ajuda a pensar sobre o assunto, ainda que não dê conclusões prontas, de bandeja.

Tecnologia

Para Wasley de Jesus Santos, o e-mail pode ser considerado hoje um gênero textual com características próprias - e de emprego muito positivo em sala de aula.

Literatura

Na opinião de Luis Estrela de Matos, a obra de Dante Milano é inclassificável, mas certamente um dos melhores do modernismo brasileiro.

Poucas e boas

Como lidar com um aluno portador de gagueira; o limite do autoritarismo com os filhos; os super-heróis são maus exemplos para crianças; uma crônica de Ariano Suassuna.

Discutindo

Qual a melhor atitude a tomar em relação àqueles alunos que são ridicularizados pelos colegas por suas características físicas ou psicológicas? Como lidar com eles? Opine, discuta!

Eventos

Cursos, exposições, palestras, concursos...



Explore e participe!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A livraria da Travessa - Ipanema, na ultima segunda-feira, dia 23 de Agosto, foi palco de dois grandes lançamentos literários: 


A Síndrome de Burnout em Professores do Ensino Regular: Pesquisas, Reflexões e Enfretamento.
 Gisele Levy e Francisco Nunes Sobrinho 


Tecnicas de Controle da Raiva.
Lucia Novaes e Marilda Lipp.

Ambos publicados pela Editora Cognitiva: http://www.editoracognitiva.com.br/

















Rua Visconde de Pirajá, 547 / 608 - Ipanema
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22410-003
Telefax: (55) 21 3298 9850


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

TEMAS EM PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA.

Prezados,


É com muito prazer que lhes apresento um novo site na área da Psicologia: TEMAS EM PSICOTERAPIA E PSICOLOGIA.

Temos como objetivo divulgar artigos e novidades nas áreas da Psicologia da Saúde, Psicologia do Esporte, Terapia Cognitivo-Comportamental, Stress e Psicopatologia, além de divulgar eventos científicos, indicar livros e materiais afins para quem se interessar pelos temas.

Esperamos contribuir para uma multiplicação do conhecimento na área da Psicologia e que todos vocês gostem!

Acessem o site e nos dê sua opinião!

http://psicoterapiaepsicologia.webnode.com.br/

Obrigada.

Raquel Ayres de Almeida - Psicologa. UFRJ 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Queridos amigos e leitores.



Eu gostaria de convidá-los para o lançamento do livro:

A Síndrome de Burnout em Professores do Ensino Regular.

Gisele Cristine Tenório de Machado Levy e Francisco de Paula Nunes Sobrinho.



Dia 23/08/2010 ( segunda-feira) às 20:00 h

Local: Livraria da Travessa Ipanema.








sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fatos do dia a dia causam stress ... Descaso com a cidade e os cidadãos.

Cristo, que horror!


Joe, Alicia e Emilia moram num planeta distante, cuja órbita só raramente coincide com a do planeta da avó. Ao contrário dos cometas, que vêm e vão em datas pré-determinadas, os dois planetas dependem de inúmeros fatores externos, como tempo, férias e dinheiro, coisas que, a se crer nos livros, não afetariam o comportamento dos corpos celestes, mas que, na prática, conseguem parar galáxias inteiras.

O planeta das crianças e o planeta da avó são muito diferentes, e obedecem a dinâmicas todas especiais. Falam-se línguas distintas nos dois, e os relógios de um não combinam com os relógios do outro. No planeta da avó toma-se café da manhã quando as crianças já estão almoçando!

Mas a diferença mais esquisita mesmo é que os habitantes do planeta das crianças crescem para cima, ao passo que os habitantes do planeta da vó crescem para os lados. (A avó, que não quer crescer para os lados e queria crescer para cima, não se conforma com isso.) Da última vez em que as órbitas dos planetas coincidiram, a Emilia ainda era mais baixa do que a avó; agora está bem mais alta. A ciência ainda não encontrou explicação razoável para isso.

Dizem que, num dos universos paralelos da física quântica, o tempo só passa para os átomos quando olhamos para eles. No planeta de Joe, Alicia e Emilia acontece algo que é quase o inverso desse fenômeno: as crianças só crescem quando a gente não olha para elas. A avó sabe porque, num planeta menorzinho e mais próximo, moram o Fábio e a Nina, que não crescem entre um dia e outro, mas que, de repente, num fim-de-semana qualquer, assustam a família toda, que passou um tempo sem vê-los:

-- Nossa, como cresceram essas crianças! – exclamam tios e parentes diversos, cheios de admiração. Para quem vê as crianças todos os dias, porém, elas continuam iguais, ainda que muito diferentes.

O tempo e o passar do tempo desafiam a ciência e dão saltos esquisitos entre o planeta da avó e o das crianças. O tempo é enorme (mesmo quando é pequeno) e passa muito devagar quando os planetas estão afastados; mas deixa de existir, e é como se nunca tivesse passado, quando as órbitas enfim se aproximam.

* * *

E aí resolvemos ir ao Corcovado, para conferir a sétima maravilha do mundo. Graças ao descaso das autoridades, o que era para ser um singelo programa em família virou aventura radical, em que os turistas são atazanados e intimidados, e tornam-se reféns de bandidos assim que se aproximam da estação do trem. Se estiverem de carro, os flanelinhas vêm buscá-los a laço; se vierem de taxi, serão vítimas de enxames de vendedores de bilhetes de van. Estavamos de carro, e fomos capturados por um marginal que exigiu R$ 20 para “olhar o carro”. Reclamamos.

-- Nós somos quarenta pessoas da comunidade, e temos que fechar o caixa.

Que caixa? Em quanto? E como? E por ordem de quem?

-- Nós somos quarenta pessoas, vinte nessa rua e vinte na outra. Se pagar, ninguém vai encostar no seu carro.

Diante de argumento tão convincente, deixamos R$ 15 na mão do meliante, raciocinando que ainda saía mais barato isso do que, na melhor das hipóteses, ter que trocar um pneu cortado. É um raciocínio de perdedor, de cidadão que abriu mão da posse da sua cidade, mas é a ele que o governo nos empurra quando deixa de policiar um dos pontos turísticos mais famosos do mundo.

Não há como fugir dos canalhas do Corcovado, já que a operação correta do trem aparentemente não interessa a ninguém. Chegamos à bilheteria antes das três, mas só havia ingressos disponíveis para a viagem das 17h40. Não havia nenhum estande de informações turísticas visível, nenhum cartaz, nenhuma pessoa decente para orientar quem quisesse ver o Cristo antes do pôr-do-sol. Tentamos obter informações na lojinha de souvenirs:

-- Carro só pode ir até as Paineiras, tem uma fila para o estacionamento e pode ser assaltado. Melhor ir de van.

A máfia cerca os turistas. Seus membros usam camisas pólo verde-claras e usam crachás, como se pertencessem a alguma entidade oficial. Cobram R$ 45 por pessoa, mas esclarecem que o ingresso está incluído no preço. Que ingresso?

-- Para o Cristo. Custa R$ 24,20 lá em cima, mas na minha mão vocês só pagam R$ 20.

E os R$ 45?

-- Então: R$ 20 pelo ingresso, R$ 25 pela van, R$ 45.

O bilhete para a Torre Eiffel, em Paris, custa seis euros, e é vendido sem problemas numa bilheteria civilizada. O bilhete para o Taj Mahal custa o equivalente a R$ 35 para estrangeiros, e dá direito a garrafinha de água. Indianos pagam menos de um real.

Antes de sairmos, o motorista esperou alguns minutos para encaixar dois passageiros a mais num espaço que mal dava para quem já estava sentado. De repente apareceu uma viatura policial, e ele ficou nervoso:

-- Aquele guarda não tá com a gente? – exclamou para o comparsa, do lado de fora. – Como é que pode, tá chamando o reboque! Tem mais dois passageiros aí?

-- Cara, não tem. Vaza logo, não viu que o guarda taí? Tá louco!

Foi essa fina companhia que nos levou até as Paineiras. De lá até o Cristo, tivemos que entrar em outra fila para uma segunda van, menos facinorosa, mas, àquela altura, igualmente suspeita.

Sinceramente? Tenho muita pena dos viajantes iludidos que acham que o Rio é um bom lugar para fazer turismo. Se o principal cartão postal da cidade está assim, o que se pode esperar do resto?

(O Globo, Segundo Caderno, 22.7.2010)

Fonte: http://cora.blogspot.com/

terça-feira, 6 de julho de 2010

Síndrome de Burnout e Qualidade de Vida

Objetivo: Divulgar entre os interessados, através de dinâmicas, aulas expositivas e debates, informações sobre o fenômeno do Burnout e sua relação com a saúde, trabalho e os aspectos da vida moderna.
Publico alvo: Professores, alunos, psicológos, assistentes sociais, pedagogos, pesquisadores e interessados no tema.
Duração: 1 mês (Cada semana 1 encontro de duas horas/aula).
Valor: 300,00.
Local: Largo do Machado, próximo ao metrô.
Início: Agosto 2010.
Inscrições pelo e-mail: giseletlevy@hotmail.com



Coordenação: Gisele Levy, Bióloga e Psicóloga, Mestre em Educação - PROPED/UERJ, Doutoranda PPFH/UERJ e Pesquisadora - NUPI/UERJ.

 
Vagas limitadas.





















“DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E DA COMUNICAÇÃO ASSISTIDA EM CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA INVESTIGAÇÃO TRANSCULTURAL.”

DEFESA DE DISSERTAÇÃO

AUTOR : SÔNIA MARIA MOREIRA DELGADO

TÍTULO: “DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E DA COMUNICAÇÃO ASSISTIDA EM CRIANÇA COM PARALISIA CEREBRAL: CONTRIBUIÇÕES PARA UMA INVESTIGAÇÃO TRANSCULTURAL.”

BANCA: Drª. Leila Regina d’Oliveira de Paula Nunes - UERJ

Drª. Cátia Crivelenti de Figueiredo Walter - UERJ

Drª. Débora Regina de Paula Nunes – UFRN

Dr. Francisco de Paula Nunes Sobrinho – UERJ (suplente)

Drª. Miryam Bonadiu Pelosi – UFRJ (suplente)

DATA: – 27 de agosto de 2010 – 15h

Auditório do ProPEd – Sala 12037 – Bloco F – 12º andar

Grupo de Estudos: Síndrome de Burnout e Qualidade de Vida.

Objetivo: Divulgar entre os interessados, através de dinâmicas, aulas expositivas e debates, informações sobre o fenômeno do Burnout e sua relação com a saúde, trabalho e os aspectos da vida moderna.

Publico alvo: Professores, alunos, psicológos, assistentes sociais, pedagogos, pesquisadores e interessados no tema.

Duração: 1 mês (Cada semana 1 encontro de duas horas/aula).

Valor: 300,00.

Local: Largo do Machado, próximo ao metrô.

Início: Agosto 2010.

Inscrições: e-mail: giseletlevy@hotmail.com
Coordenação: Gisele Levy, Bióloga e Psicóloga, Mestre em Educação - PROPED/UERJ, Doutoranda PPFH/UERJ e Pesquisadora - NUPI/UERJ.
Vagas limitadas.