terça-feira, 28 de setembro de 2010

II Seminário de Pedagogia Institucional e
I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: Humanização do posto de trabalho docente.


Foi realizado nos dias 23 e 24 de Setembro de 2010 na faculçdade de Educação UERJ o II Seminário de Pedagogia Institucional e I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: Humanização do posto de trabalho docente, sob a Coordenação de Francisco Nunes, Ph.D., Danielle Castelões, Gisele Levy, M. Sc. e Luiz Antônio Souza, M. Sc.

Segue imagens do evento que teve como objetivo debater, amplamente, as ações das políticas públicas direcionadas para a humanização sistemática do posto de trabalho docente da educação básica e inclusiva, tendo como tópicos os seguintes:
a) a formação inicial e continuada dos professores;
b) as condições de trabalho a que estão expostos em termos de segurança, saúde e do meio ambiente laboral;
c) a qualidade de vida e a saúde do professor inclusionista, desde a educação infantil à pós-graduação.;
d) modelos conceituais das melhores práticas e ações de preservação e de melhoria das condições de trabalho docente;
e) a produção do conhecimento técnico-científico sobre condições de trabalho docente como base para decisões em educação, saúde, questões sindicais, dentre outras.


























quinta-feira, 9 de setembro de 2010

II Seminário de Pedagogia Institucional e I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: humanização do posto de
trabalho docente



Coordenação:

Francisco Nunes, Ph.D.

Danielle Castelões

Gisele Cristine Tenório de M. Levy, M. Sc.

Luiz Antônio Souza, M. Sc.





Datas: 23 e 24 de Setembro de 2010.

Local: Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

1º. Andar - bloco F - Auditórios: 11 e 12 e

12° andar - bloco F -. Rav 122.

Rua: São Francisco Xavier, 524

Campus Maracanã



Inscrições: nupiuerj@hotmail.com

Entrada franca


 
Evento acadêmico, com o objetivo geral de debater, amplamente, as ações das políticas públicas direcionadas para a humanização sistemática do posto de trabalho docente da educação básica e inclusiva, tendo como tópicos os seguintes: a) a formação inicial e continuada dos professores; b) as condições de trabalho a que estão expostos em termos de segurança, saúde e do meio ambiente laboral; c) a qualidade de vida e a saúde do professor, desde a educação infantil à pós-graduação; d) modelos conceituais das melhores práticas e ações de preservação e de melhoria das condições de trabalho docente; e) a produção do conhecimento técnico-científico sobre condições de trabalho docente como base para tomadas de decisões. Serão selecionados temas que abordem o paradigma da humanização de postos de trabalho docente, incluindo-se os preconizados pela ergonomia e áreas afins. Caberá aos palestrantes a disseminação de conhecimentos relativos ao eixo temático proposto, incluindo-se dados de pesquisas recentes. Parte da proposta deste II Seminário converge para a construção de indicadores para a seleção das melhores práticas de preservação da saúde física e mental, da segurança, da qualidade de vida e do bem-estar do professor nos diversos níveis de ensino. Uma obra composta de textos, previamente elaborados pelos palestrantes convidados, será organizada pelos coordenadores do evento.



Programação


23 de setembro de 2010



8 às 9h – Credenciamento dos participantes



9h às 9h15 – Abertura do II Seminário de Pedagogia Institucional e do I Seminário sobre o Professor da Educação Inclusiva: humanização do posto de trabalho docente

Local: Auditório 11 – Bloco F



Mesa-redonda de abertura: Professor Dr. Ricardo Vieralves de Castro, Reitor da Uerj; Professora Dra. Lia Faria, Diretora da Faculdade de Educação da Uerj; Professora Dra. Deise Mancebo, Coordenadora do Programa de Políticas Públicas e Formação Humana – PPFH/Uerj; Francisco de Paula Nunes Sobrinho, Ph.D., Professor Titular da Uerj e Coordenador do Nupi; Professora Valéria Bento Borges, Diretora da Superintendência Regional de Ensino do Estado de Minas Gerais; Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes, Ph.D. Professora Titular da Uerj; Professora Dra. Rosana Glat, Professora Adjunta da Uerj; e Professor Wanderley Quedo, Presidente do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro.


23 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA INSTITUCIONAL: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DOCENTE



9h15 às 10h30 – OFICINA DA VOZ – Equipe do Simprorio

Local: Rav 122 - Bloco: F - 12° andar.



10h30 às 11h – Coffee break



11h às 12h30 – Mesa-redonda: QUALIDADE DE VIDA, SÍNDROME DE BURNOUT, STRESS, SAÚDE DA VOZ E AFASTAMENTO DE TRABALHO DOCENTE

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Gisele Cristine Tenório de Machado Levy

Palestrantes: Professor Dr. Ubirajara Baptista Cabral Junior, Professora M.Sc. Juliana Carvesan e Professora M.Sc.Gisele Cristine Tenório de Machado Levy



12h30 às 14h – Almoço



14h às 15h30 – Mesa-redonda: ASSÉDIO MORAL, AGRESSÃO E ATOS DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Roberta Bezerra Brite

Palestrantes: Professora Dra. Margarida Barreto e Professora Especialista Cibele Fernandes.



15h30 às 17 h – Mesa – redonda: RISCOS OCUPACIONAIS, SOBRECARGA COGNITIVA, SOBRECARGA FÍSICA, POSTURAS OCUPACIONAIS E SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM PROFESSORES.

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor Dr. Antônio Renato Pereira Moro

Palestrantes: Professor Dr. Antônio Renato Pereira Moro, Professora Dra. Nadja Ferreira e Professora Dra. Eliane Gerk

17h – Encerramento





23 de setembro de 2010

I SEMINÁRIO SOBRE O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO



9h15 às 12h – Mesa-redonda: POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO: EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor M.Sc. Luiz Antônio Souza

Palestrantes: Professora Dra. Rosana Glat, Profa. M.Sc Carolina Schirmer e Professora Especialista Eliane Carolis

10h30 às 11h – Coffee break

Continuação – Palestrante: Professora Dra. Márcia Pletsch



12h30 às 14h – Almoço



14 às 17h – Mesa-redonda: EDUCAÇÃO CONTINUADA – PROCESSO DE FORMAÇÃO PARA O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: REDES DE APOIO

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora M.Sc. Patrícia Braun

Palestrantes: Professora M.Sc. Annie Redig e Professora M.Sc. Patrícia Braun

17h – Encerramento

24 de setembro de 2010

II SEMINÁRIO DE PEDAGOGIA INSTITUCIONAL: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO DOCENTE



8 às 9h – Credenciamento dos participantes



9h às 10h30 – Mesa-redonda: AMBIENTE DE TRABALHO E SAÚDE DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor M.Sc. Luiz Antonio Souza de Araújo

Palestrantes: Professora Dra. Nadja Ferreira e Professor Dr. Nilson Rogério da Silva



10h30 às 11h – Coffee break



11h às 12h30 – Mesa-redonda: A SAÚDE DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA (EAD): FATORES PSICOSSOCIAIS

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenadora da mesa-redonda: Professora Dra. Adélia Cristina Pessoa Araújo

Palestrantes: Professora Dra. Adélia Cristina Pessoa de Araújo e Professora M.Sc. Maria Esther



12h30 às 14h – Almoço



14h às 15h30 Mesa-redonda: AÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DO PROFESSOR

Local: Auditório 11 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professor Dr. Ubirajara Baptista Cabral Junior

Palestrantes: Professor Dr. Zacarias Gama e Professora Dra. Nilda Alves.



16h – Encerramento

24 de setembro de 2010

I SEMINÁRIO SOBRE O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: HUMANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO



9 às 12h – Mesa-redonda: AMBIENTE DE TRABALHO E SAÚDE DO PROFESSOR

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenadora da Mesa-redonda: Professora Especialista Danielle Castelões

Palestrantes: Professora M.Sc.Lucia Provenzano e Professor Dr. Francisco Nunes



10h30 às 11h – Coffee break



Continuação: Palestrante: Professor Dr. Nilson Rogério



12h30 às 14h – Almoço



14 às 17h – Mesa-redonda: MATERIAL DIDÁTICO, EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIO EDUCACIONAL, TECNOLOGIA ASSISTIVA: ERGONOMIA DO PRODUTO EM EDUCAÇÃO

Local: Auditório 13 – Bloco F

Coordenador da mesa-redonda: Professora Dra. Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes

Palestrantes: Professora Dra. Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes, Professora M.Sc. Janaína Resende, Professora Dra. Miryam Pelosi, Professora Dra. Nadja Ferreira e Professora Dra. Catia Walter



17h – Encerramento



NUPI/UERJ

Núcleo de Pedagogia Institucional: www.nupi.uerj.br

Rua São Rua São Francisco Xavier, 524

12º andar – Bl. A – sala: 12017

Tel/Fax: (21) 2587-7759.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Entrevista

Como a Síndrome de Burnout pode atingir os professores

Alexandre Rodrigues Alves



A Síndrome de Burnout

Gisele Levy foi minha colega no Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) na Uerj. Além de sua dedicação e seu empenho nas diversas disciplinas que fizemos juntos, chamava-me a atenção sua preocupação com a saúde dos professores em geral – e dos seus colegas em particular; e não apenas em função do desgaste físico de dar aulas em dois ou três lugares diferentes (ela mesma é de Macaé, passava dois dias por semana no Rio), mas aspectos psicológicos estavam sempre em sua mira afiada.

Pois bem, Gisele acaba de lançar A Síndrome de Burnout nos professores do Ensino Regular, um desdobramento de sua pesquisa para o mestrado e o doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana, também na Uerj. Aproveitei a oportunidade do lançamento do livro para entrevistá-la sobre esse assunto que, mesmo não sendo ainda discutido maciçamente, é preocupante para os docentes.

Como o livro tem a ver com suas pesquisas para o mestrado e o doutorado?

A ideia de produzir este livro teve origem na minha dissertação de mestrado, Análise do índice de Burnout em Professores da Rede Pública de Ensino, com a orientação do professor Francisco de Paula Nunes Sobrinho, defendida em 2006. Esse estudo obteve resultados significativos. Dos participantes envolvidos na pesquisa, 75% deles apresentaram o quadro de Burnout; dentre estes, 85% sofriam com a síndrome devido ao sentimento de ameaça em sala de aula. Esses resultados alarmantes - e os das pesquisas feitas em todo o mundo - me estimularam a prosseguir meus estudos acadêmicos nesse campo, no sentido de propor uma forma de enfrentamento da síndrome, mas destinada aos professores. A tese foi intitulada Técnicas de enfrentamento da Síndrome de Burnout em profissionais de educação.

O seu olhar, então, está dirigido aos professores?

Sim. A obra aborda a Síndrome de Burnout tendo como foco os profissionais do magistério. Os seis capítulos do livro refletem nosso bem-sucedido esforço de pesquisa, de reflexão e de replicação de conhecimentos que favorecem a humanização do posto de trabalho docente. Revisamos questões significativas, como a legislação sobre a síndrome, as técnicas de enfrentamento, critérios de avaliação de sintomas e instrumentos destinados à medição do índice de Burnout. Para completar, o último capítulo é destinado diretamente aos professores, apontando sugestões práticas para prevenção e enfrentamento da síndrome.

Vocês conversaram com outras categorias profissionais para preparar o livro?

Na verdade, a obra teve a participação de profissionais como, psicólogos e médicos. Além disso, foi revisado um número bem significativo de pesquisas sobre o tema, que vem afetando de forma expressiva profissionais de diversas áreas. Nesse sentido, é bom assinalar que alguns especialistas, entre os quais me incluo, afirmam que o Burnout é um tipo de estresse ocupacional, que tem relação íntima com as profissões assistenciais, aquelas que oferecem cuidado ao outro.

Quais são os sintomas básicos da síndrome?

Os sintomas englobam aspectos físicos, psicológicos e comportamentais. Alguns deles são, entre os de caráter físico: cefaleias frequentes, exaustão física, insônia e dores serviçais; dentre os psicológicos, destacam-se: dificuldade de atenção, baixa concentração, impaciência e baixa autoestima; entre os comportamentais ressaltamos: Isolamento, aumento da agressividade, perda de iniciativa e dificuldade de assimilação de mudanças.

Como diferenciar essa síndrome de um estresse comum?

É preciso fazer um alerta sobre esse assunto. Na verdade, o estresse é uma função natural do nosso organismo; sem ele nós não sobreviveríamos, por exemplo, a uma alteração climática. O problema ocorre quando esse mecanismo psicofisiológico é disparado inúmeras vezes, sobrecarregando o nosso corpo e, em consequência disso, causando doenças devido à liberação de algumas substâncias – entre elas o cortisol. A diferença entre o estresse e o Burnout é simples. Esta síndrome é um tipo de estresse crônico ocupacional, que se desenvolve a partir de situações pertinentes ao ambiente de trabalho.

Por que professores são vítimas frequentes dessa síndrome? Que situações em sala de aula podem contribuir para o surgimento dessa síndrome? E no ambiente escolar?

Os professores são um alvo fácil para essa síndrome porque são profissionais que trabalham em um tipo de função assistencial, atuando em tempo integral junto a pessoas, necessitando estabelecer vínculos com seu trabalho, colegas, alunos e familiares. E, na medida em que essa relação não se estabelece de forma gratificante, seja por questões salariais, mau comportamento do aluno ou outros tantos fatores, o professor adoece e acaba se afastando de sua profissão. Você sabia que aquele profissional, o mais “apaixonado” pelo seu trabalho, aquele que luta pelos ideais de sua categoria, é o primeiro a sofrer com a síndrome? Isso não é de assustar?

Existe alguma preponderância quanto a sexo ou idade?

Pelas pesquisas que venho analisando até agora, não existe um gênero que tenha predominância na síndrome. Na minha pesquisa, por exemplo, o resultado não foi significativo quanto ao índice de Burnout no gênero feminino. Com relação à faixa etária, no meu estudo ficou claro que os professores com pouca experiência em sala de aula são os mais afetados pelo Burnout. Como os estudos sobre essa síndrome ainda são recentes (tiveram início apenas nos anos 1970) muita coisa ainda será descoberta.

O que o professor pode fazer para tentar evitar o Burnout?

Algumas coisas são básicas. Em primeiro lugar, reconhecer que existe algo de errado com ele e não apenas achar que a profissão docente é um sacerdócio repleto de sofrimento e dor. Além disso, o docente deve ficar alerta aos sintomas da síndrome, prevenir o estresse de seus alunos, cuidar de sua alimentação etc. O ultimo capítulo do livro, Sugestões para o professor prevenir e enfrentar a síndrome de Burnout, aborda exatamente essa temática, oferecendo soluções simples para o combate à síndrome.

Como foi o lançamento do livro?

Eu me senti homenageada; foi o lançamento do resultado de um trabalho que fiz com toda a dedicação, além de servir de alerta para os professores. O professor Francisco Nunes e eu recebemos vários professores e pesquisadores, como Rosana Glat, Leila Nunes (responsável pelo prefácio) e Bernard Rangé, da UFRJ. Estava lá também Lucia Novaes, que, além de assinar um dos capítulos do livro, estava lançando Técnica de controle da raiva. Inúmeros colegas da Uerj também estiveram lá.

Mais informações sobre o livro você encontra no site da Editora Cognitiva ou pelo e-mail info@editoracognitiva.com.br.