terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Matéria retirada do blog: redepitagoras.com.br


Dica de Especialista

16/07/2010 :: Pesadelos que assustam as crianças


No meio das noites, o casal Amorim recebe a visita frequente da filha mais nova, Ísis, assustada com o monstro que viu no pesadelo.
“Sentimos muita pena porque percebemos que ela sofre com a situação. O coraçãozinho dispara e os olhos se arregalam de susto”, descreve Marina Amorim, a mãe da criança.
Freud, na obra “A Interpretação dos Sonhos” (1988), diz que o sonho nada mais é que a tentativa de realização de nossos desejos reprimidos “(...) O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”.
Mas e o pesadelo? Freud, mais tarde, compreendeu que o pesadelo é uma tentativa do inconsciente de controlar um material reprimido que causa muito sofrimento à pessoa. Portanto, nos pesadelos as sensações fortes como angústia ansiedade e medos extremos são comuns, fato que nos obriga a acordar, a fim de nos livrarmos do suplício.
De acordo com a psicóloga Gisele Cristine Levy, “no caso das crianças, os pesadelos tendem a ser mais comuns, minimizando sua frequência com o passar da idade. Em muitos casos, os pesadelos estão associados à angústia de separação (a noite é o momento no qual a criança, ao acordar percebe que está sozinha), às mudanças no contexto familiar, à morte ou a um perigo real".
“Ter pesadelos faz parte da vida” continua Gisele, “no entanto este fato torna-se um problema quando passa a ser frequente, prejudicando a dinâmica familiar, a relação com os outros e o rendimento da criança na escola. Nesse caso é importante que os pais procurem primeiro um médico, para eliminar a possibilidade de doença orgânica, e, depois, um psicólogo”.
Dormir com os anjinhos
Como ajudar à criança? A psicóloga sugere “conversar sobre o pesadelo e procurar fazer com que a criança se expresse através de desenhos, massinha ou verbalmente”. Outras dicas da especialista é estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história (cuidado com o tema...), cantar uma canção de ninar etc... Pode deixar também acesa uma luz bem fraquinha, mas é importante abandonar progressivamente a estratégia na medida em que os pesadelos comecem a diminuir, caso contrário a criança nunca se sentirá segura dormindo sozinha no escuro.
“Oferecer à criança um bicho de pelúcia, um travesseiro ou uma fralda na hora de ir para a cama para amainar o momento de separação dos pais e transmitir uma sensação de conforto e segurança também ajuda”, prossegue Gisele.
Outro conselho da psicóloga é “não dar alimentos pesados ou muito gordurosos, como achocolatados, biscoitos e refrigerantes, antes da criança dormir, porque aumenta o metabolismo do corpo, inclusive da mente, podendo provocar pesadelos”.
E mais, se seu filho (a) assiste TV na hora de dormir, evite filmes ou desenhos assustadores e violentos e jogos de computador, pelo menos 40 minutos antes da hora de dormir. Essa pode ser a técnica ideal para ele (a) dormir com os anjinhos...
OBS: A entrevistada Gisele Cristine Levy é Psicóloga Clínica, com pós-graduação em Psicanálise, Mestre em Educação e Doutoranda em Políticas Públicas pela UERJ. É encontrada no blog Viva Sem Stress.

A incidência da Síndrome de Burnout entre os professores acarreta prejuízos ...


A incidência da Síndrome de Burnout entre os professores acarreta prejuízos tanto para a saúde do professor quanto para a sociedade de uma maneira geral. Os dados sobre a saúde e a Qualidade de Vida no trabalho docente são alarmantes e os números estatísticos sobre os afastamentos são prova disso.
Em 2009, a principal causa de afastamento dos professores dos seus postos de trabalho foram os transtornos mentais. Em 1999, os transtornos mentais eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Em 2009, a porcentagem subiu para 30% - de um universo aproximado de 16.000 afastados.

                Os aspectos presentes nas contingências do trabalho docente exigem desses profissionais competências que vão além de suas capacidades físicas e mentais. Essas exigências estão relacionadas a fatores contribuintes que podem desencadear patologias físicas e/ou psicológicas, favorecendo, dessa forma, o surgimento da Síndrome de Burnout nessa categoria profissional.

Em relação aos fatores contribuintes para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, são a falta de recursos materiais; as péssimas condições de trabalho; salas de aula superlotadas; alunos desinteressados; e problemas de comportamento. Além desses, podem-se mencionar a carência de material didático e de recursos para as renovações metodológicas, limitações institucionais que interferem no cotidiano escolar do professor, violência e vandalismo, prédios mal conservados, não oferecendo as mínimas condições de uso, crise econômica do sistema educacional e a implantação do programa de inclusão educacional na rede regular de ensino.

A inserção do professor no programa de inclusão nas escolas da Rede Pública de ensino acentuou os seus problemas, tornando a sua jornada um desafio ainda maior. A todo momento esses profissionais deparam com inúmeros fatores que dificultam a sua rotina de trabalho, como acessibilidade dificultada nos prédios e ausência de recursos didáticos, formação inadequada ou insuficiente, entre outros tantos problemas. Porém, além das questões organizacionais e técnicas, existem aquelas associadas à subjetividade desse profissional, pois eles precisam lidar o tempo todo com sentimentos de frustração e de ansiedade, relacionados ao rendimento escolar do aluno, que nem sempre é satisfatório, à falta de empenho dos pais em dar continuidade aos conteúdos desenvolvidos e ao seu sentimento de impotência diante dessa realidade.

Portanto para que este panorama mude é necessário o investimento em ações públicas que visem as melhorias das condições de trabalho desse profissional, tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto relacionado a humanização de seu ambiente de trabalho.