sábado, 19 de dezembro de 2009

SITE: Educação - Saúde Total ...

VOCÊ É UM GEEK?


Então responda o teste abaixo...

1. Acidentalmente você clica a sua password no microondas?

2. Há anos que não joga “Paciência” com cartas de papel?

3. Tem uma lista de 10 números de telefone para falar com a sua família de três pessoas?

4. Envia um e-mail ou conecta o Messenger para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua?

5. A razão por que não fala há muito tempo com alguns familiares é que desconhece os seus endereços eletrônicos?

6. Se você esquece o celular em casa, fica apavorado e volta imediatamente para buscá-lo?

7. Levanta cedo e liga o computador antes de tomar o café da manhã?

8. Conhece o significado de lol, tbm, qdo, naum, msm, dps, tc…

9. A maioria das piadas que conhece, recebe por e-mail (e ainda por cima ri sozinho…)?

10. Quando o seu computador para de funcionar, parece que foi o seu coração que parou?



Se você respondeu sim a uma, apenas uma dessas perguntas, não precisa ter nenhuma dúvida: você é um geek – termo usado para designar os viciados em tecnologia. E uma pessoa assim, pode ser capaz de cometer verdadeiras loucuras para consumir os últimos lançamentos de máquinas fotográficas digitais, aparelhos celulares, Tvs de LCD...

“Na verdade a tecnologia entra no contexto, como se fosse um tipo de compulsão, tal como o consumo excessivo de chocolate, álcool entre outros. O mecanismo, de uma forma geral é o seguinte: a pessoa, na tentativa de minimizar um estado intenso de ansiedade interna e inconsciente, lança mão desse tipo de comportamento para tentar administrar a angústia. Mas, por se tratar de um sentimento de ordem inconsciente, o mecanismo de compensação, como, por exemplo, acessar a caixa de e-mails várias vezes ao dia, ou comer muito chocolate, não será suficiente para dar fim à ansiedade, já que as causas, como disse, são inconscientes, então a pessoa, de novo, reinicia o ciclo”, esclarece a psicóloga da UERJ, Gisele Cristine Levy, especializada em estresse.

Mas quais são os sintomas dessa doença?

“Para citar alguns, eu falaria sobre aquelas pessoas que, mesmo sem exigência profissional, possuem vários números de celulares, laptops e artigos do gênero, ou viajam para um SPA, mas a primeira coisa que perguntam é se existe conexão com a internet. Portanto, quando o uso da tecnologia substitui o contato com as pessoas, prejudicando sua vida afetiva e prática, torna-se negativa e perigosa”, diagnostica a psicóloga.

O editor de imagens da Rede Globo de Televisão, Luiz Paulo, 54 anos, não se reconhece como um viciado em tecnologia. Segundo ele, é “apenas para se sentir atual e mais jovem que sai em busca dos novos lançamentos”. Mas seu lado geek se revela mesmo quando assume que tem uma mala especial para carregar os fios e cabos dos seus laptops, celulares e máquinas digitais em suas viagens, mesmo que só por um curtíssimo final de semana.

Luiz Paulo garante que não fica estressado se, por acaso, algum deles dá sinal de que vai pifar:

“Não tem problema porque tenho sempre algum desses equipamentos de reserva. Tenho computador, por exemplo, na Globo, em casa e também tenho um laptop.Viciado mesmo, eu não sou não”, se ilude o editor.

Cura

Já a publicitária Lígia Villela, vê a tecnologia como “uma ótima ferramenta para fazer amigos e para se comunicar rapidamente com eles”. E ainda acrescenta: “os recursos criados pela tecnologia fazem, todos os dias, uma revolução na vida da gente. Tenho um recurso no meu celular chamado, Moto ID, que me permite identificar a música e o álbum que estiver tocando em qualquer rádio. Antes, eu tinha que ficar atenta para ouvir o nome e, depois, ir às lojas perguntar se havia CD daquela cantora ou cantor. Isso não é fantástico?”, indaga.

Como a diferença entre o antídoto e o veneno é a dose, os especialistas alertam para uma nova doença que vem surgindo, paralelamente às novas descobertas tecnológicas: o tecnostress ou seja, a irritação que sentimos quando não conseguimos operar um novo equipamento ou quando este se mostra com defeito e até mesmo quando o elevador demora a chegar ou o celular de alguém encontra-se fora de área.

“Vamos continuar a sentir os efeitos do tecnostress cada vez mais, a menos que tenhamos sucesso em estabelecer onde estão as fronteiras saudáveis. Temos de parar e avaliar nossas vidas, porque somos nós que estamos causando os problemas, não a tecnologia”, adverte a psicóloga capixaba, Maria Luíza Amorim Macedo.


Uma vez diagnosticada a doença, há cura? “Sim”, afirma a psicóloga Gisele Levy, “na maioria do casos”, continua. “A cura pode vir de vários caminhos: da própria pessoa, que superando uma situação dolorosa como, por exemplo, a morte de um ente querido, após o luto muda de comportamento, da psicoterapia, nos casos mais intensos, de medicação e por fim de terapias alternativas como a meditação”.

Fonte: http://www.igeduca.com.br/artigos/saude-total/voce-e-um-geek.html

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Relaxamento ...

O relaxamento pode ser adquirido por meio de várias técnicas: respiração profunda, relaxamento muscular, música, meditação, visualizações. Todos esses recursos levam a um estado de calma que desacelera o organismo e permite que a pessoa se recupere, auxiliando- a se recuperar. Além disso, não se deve esquecer, que inúmeras vezes é importante trabalhar a causa da angústia e da tensão que a pessoa está sentindo por meio de um tratamento psicológico do stress.


 
Exercício de respiração profunda e relaxamento leve:


 
Este exercício pode ser utilizado por todos. Tem ação rápida e efeito imediato. Pode ser feito em qualquer lugar, várias vezes por dia. Ele acalma e tranqüiliza.

 
  • Em pé ou sentado, coloque o dedo indicador na direção do umbigo mantendo os pés ligeiramente afastados. Ponha a mão aberta no abdome e concentre-se nos movimentos da respiração.
  • Feche os olhos e imagine que seu abdome é um balão ligado por um canudinho até o nariz.
  • Encha os pulmões de ar, dilatando o abdome, imaginando que está enchendo o balão, e conte até cinco, até encher bem o balão.
  • Agora, solte a respiração pela boca contando até dez, esvaziando o balão bem devagar.
  • Repita três vezes.

 
Referência:

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes - Relaxamento para todos: Controle do Stress. Campinas, SP: Papirus, 1997.

 
Centro Psicológico de Controle do Stress (CPCS), cujo nome oficial é Instituto de Psicologia e Controle do Stress Marilda Emmanuel Novaes Lipp, foi fundado pela Dra. Marilda Emmanuel Novaes Lipp (Ph.D.em Psicologia pela George Washington University) em abril de 1985.

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Fonte: http://www.estresse.com.br/

 

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"MUNDIALIZAÇÃO FINANCEIRA, CRISE DO CAPITAL E IMPACTOS SOBRE OS TRABALHADORES

Encerrando o ciclo de conferências "MUNDIALIZAÇÃO FINANCEIRA, CRISE DO CAPITAL E IMPACTOS SOBRE OS TRABALHADORES", o Núcleo de Estudos em Sociologia do Trabalho (NEST), do dpto de Ciências Sociais/UERJ, realizará na próxima quinta-feira, às18h30, no auditório 91 da UERJ (maracanã). uma atividade com o professor Ricardo Antunes (IFCH/Unicamp). Enviamos essa msg-convite e aproveitamos para solicitar seu apoio na divulgação, rebatendo este e-mail para sua lista de contatos.


03/12

Ricardo Antunes (Unicamp) - "Os impactos da crise sobre os trabalhadores e suas organizações: perspectivas para o projeto socialista" - auditório 91da UERJ (Maracanã),9 andar, das 18h30 às 21h.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PRECONCEITO, COTAS, LEGISLAÇÃO E OS AVANÇOS DA INCLUSÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

Assistam neste sábado, dia 13 no programa Leila Victor sem Medo de Ser Feliz o PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, DR. GERALDO NOGUEIRA, FALANDO SOBRE: PRECONCEITO, COTAS, LEGISLAÇÃO E OS AVANÇOS DA  INCLUSÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA.

Imperdível !!!!
Leila Victor sem Medo de Ser Feliz
Todos os Sábados das 11 as 13:00 - Radio Bandeirantes AM - 1360.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Exercícios físicos e o stress


Praticamente todos os dias ouvimos falar de Stress e dos seus efeitos negativos na nossa saúde e bem estar. Todos os anos, os médicos prescrevem milhões de antidepressivos, tranquilizantes e hipnóticos que resolvem apenas parte do problema.

Mas ao contrário do que se pensa, o stress não merece uma visão tão negativa, já que sem ele, provavelmente nem nos conseguiríamos levantar ou realizar as tarefas do nosso dia-a-dia. Todo o bom desportista sabe que na realidade o stress até pode constituir uma fonte de prazer.

O efeito real e imediato daquilo a que chamamos stress é a activação de todos os recursos disponíveis, o que se revela indispensável em toda uma variedade de circunstâncias desde situações de emergência, de avaliação ou competição. O aumento da ansiedade melhora o desempenho, mas apenas até certo ponto a partir da qual a relação inicialmente positiva passa a negativa, decrescendo o desempenho à medida que a ansiedade aumenta.

Assim, é perfeitamente normal (e até importante) algum nível de ansiedade durante as provas desportivas, a fim de maximizar o desempenho. O problema surge quando o nível de ansiedade se revela excessivo e logo desadaptativo, prejudicando os resultados.

Quase todos os acontecimentos são passíveis de provocar stress. Alguns são perfeitamente óbvios – como o desemprego, divórcio, doenças graves... – outros, nem por isso – actividades difíceis de conciliar, imprevistos, frustrações, etc.
Todos sabemos que o exercício físico melhora a saúde: As estimativas indicam que a boa forma física reduz o risco de morte em 40%. O Exercício físico proporciona sensações de prazer, autocontrole e, quando praticado regularmente pode mesmo ajudar a controlar as dependências. Desta forma praticando exercício físico estamos a apostar na nossa saúde e a contribuir para a prevenção e redução dos níveis do stress.
A tensão muscular é um dos sintomas mais frequentes do stress. As postura incorrectas e o estilo de vida geralmente adoptado no dia-a-dia – em que geralmente a única parte do corpo que exercitamos são os dedos, para escrever ao computador – em nada colaboram para melhorar esta situação.

Contrariamente ao que a maioria das pessoas considera, a relaxação é muito mais do que estar deitado num bom sofá a ouvir música clássica, já que o conceito de relaxamento envolve o afrouxamento da regulação do sistema nervoso.

Devido à íntima relação entre o corpo e a mente, tensão mental implica tensão muscular e vice-versa, pelo que a relaxação se revela particularmente importante no combate ao stress.

Infelizmente, e apesar destas inúmeras vantagens a prática de exercício físico continua a apresentar uma taxa relativamente baixa na nossa sociedade. Entre as razões para este facto, vamos encontrar a alegada falta de tempo e a falta de motivação.

Tente encontrar uma actividade desportiva que se revele particularmente atraente para si – o local de prática e o apoio dos instrutores revela-se aqui especialmente importante. Se encontrar um local aprazível e puder contar com a companhia de um amigo vai certamente descobrir algum tempo que na realidade ainda lhe restava para a prática de desporto e, é sempre bom lembrar, tempo é dinheiro, mas com a aplicação do seu tempo no desporto está a fazer um investimento altamente rentável na sua saúde.
Procure a velha máxima da mente sã em corpo são – mens sana in corpore sano – e verá como conseguirá ter uma vida muito mais saudável e harmoniosa.

Texto escrito por: Rui Manuel Carreteiro

psiclinica@rc-grupo.com

Fonte: http://www.psicologia.com.pt/artigos/ver_artigo.php?codigo=A0163&area=d14

sábado, 17 de outubro de 2009


O stress e os animais domésticos


O site: http://www.necessaire.com.br/ dá umas dicas dicas importantes sobre essa temática, leia a seguir:


Situações adversas estão constantemente presentes na rotina das pessoas, trazendo muitas vezes o cansaço físico-mental e estresse. Isso, porém, não é restrito apenas às pessoas. Os animais domésticos também enfrentam esse problema. Segundo Silvia Robles Reis Duarte, zootecnista do departamento técnico da Vetnil, os bichos de estimação costumam desenvolver uma relação de dependência e dominância sobre os donos, sendo muito sensíveis a uma relação instável ou até mesmo ao cotidiano do proprietário. Algumas situações, muitas vezes tidas como engraçadas, como o cão correr freneticamente ao redor da vasilha de comida quando o dono chega em casa após um período de trabalho, por exemplo, pode ser um sinal de estresse. "Atitudes como cavar, morder, arranhar portas e janelas, uivar, latir, chorar e urinar e defecar em lugares impróprios são sintomas comuns desta alteração. A primeira coisa que vem à cabeça do proprietário é classificar o animal como desobediente ou mal-educado. "Mas o que pode estar ocorrendo na verdade é o acometimento do animal por estresse", diz Souza.

Sabe-se que o estresse pode trazer diversos danos à saúde das pessoas. No caso dos bichos de estimação, não é diferente. A veterinária Monisa Corraini explica que, acometidos por estresse, eles podem desenvolver problemas gástricos ou até tornarem-se agressivos. Dentre as situações que podem desencadear o estresse em animais domésticos estão: períodos de fome ou sede; viagens; falta ou excesso de exercícios; solidão; mudanças na rotina; ambiente conturbado - por exemplo, presença de outros animais ou pessoas desconhecidas; datas festivas - fogos de artifício; banho e tosa; consultas veterinárias; participação em exposições ou competições; etc.


Além de estarem atentos a essas situações adversas, os donos de animais de estimação também podem lançar mão de suplementos nutricionais com função antiestresse, já disponíveis no mercado. É caso do Triptophan, fabricado pela Vetnil - um dos maiores laboratórios veterinários do País, que apresenta fórmula à base de Triptofano, Magnésio, Vitamina B1 e Extrato Protéico Vegetal, indicado justamente para diminuir o estado de inquietação do animal. É ideal para animais que participam de competições, pois não afeta o desempenho dos mesmos.



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Gestão de Pessoas

UERJ promove curso de gestão de pessoas para psicólogos
09/10/2009

O curso Psicologia nas Organizações, oferecido pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), qualifica psicólogos para trabalharem com gestão de pessoas, abordando as etapas de seleção, avaliação, acompanhamento e desenvolvimento de pessoas e elaboração de projeto de intervenção.Hoje em dia, poucas são as empresas que admitem funcionários sem antes submetê-los a uma dinâmica de grupo ou a uma entrevista coletiva. Traçar o perfil psicológico de uma pessoa permite saber se ela se identifica com as atividades institucionais, o que de primeira mão já pode garantir um profissional dedicado e de ótimo desempenho – que é o que todas as empresas querem.Alunos de graduação também podem participar do curso cujo investimento é de R$441, podendo ser parcelado em duas vezes. As inscrições devem ser realizadas no Centro de Produção da UERJ, 1ºandar, Bloco A, Pavilhão Reitor João Lyra Filho, campus Maracanã.


Mais informações pelo telefone (21) 2334-0639, site www.cepuerj.uerj.br ou e-mail cepuerj@uerj.br.

domingo, 4 de outubro de 2009

Revista Nova Escola

Remédios para o professor e a educação


O alívio para problemas como estresse e dores musculares - as maiores causas de afastamento da sala de aula- está nos mesmos fatores que garantem um ensino de qualidade


Amanda Polato - Colaboraram Arthur Guimarães e Brígida Rodrigues


O trabalho deve ser fonte de realização e prazer, mas pode causar sofrimento e enfermidades. Pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope feita em 2007 com 500 professores de redes públicas das capitais revelou que mais da metade dos entrevistados sofre de estresse. Entre as queixas freqüentes estão dores musculares, citadas por 40% deles. Preocupa também o fato de 40% terem declarado sofrer de forma regular alguma doença ou mal-estar. Esse mal-estar docente, tão comum, ganhou até definição do pesquisador espanhol José Manuel Esteve: "Algo que sabemos que não vai bem, mas não somos capazes de definir o que não funciona e por quê".


Nos casos mais sérios, os sintomas acabam afastando os profissionais da sala de aula. No estado de São Paulo a maior rede do país, com 250 mil professores, são registradas 30 mil faltas por dia. Só em 2006 foram quase 140 mil licenças médicas, com duração média de 33 dias. O custo anual para o governo estadual chega a 235 milhões de reais - correspondente ao valor a ser destinado pelo Ministério da Educação (MEC) para construir, mobiliar e equipar 330 escolas de Educação Infantil em 2008.


O problema se repete pelo país e faz com que as doenças de quem leciona tornem enfermo o sistema de ensino. "Em todas as redes o absenteísmo preocupa porque os prejuízos para o aprendizado são muito grandes", diz Cleuza Repulho, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação e consultora de Educação Básica do MEC.


O tema vem despertando a atenção de pesquisadores. Tufi Machado Soares, da Universidade Federal de Juiz de Fora, estudou o impacto das faltas na rede mineira e constatou que os alunos da 4ª série que tinham mestres assíduos alcançaram média 15 pontos maior que a dos demais em Língua Portuguesa no Programa de Avaliação da Educação Básica de 2002.


"Todo mundo perde com os afastamentos. Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula", defende Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação. Sem dúvida, o que não pode é a falta virar a única estratégia para lidar com as questões de saúde. "Entender o que causa as doenças ou contribui para que elas se manifestem requer olhar para a sociedade, para o sistema educacional como um todo e para a relação com o trabalho", avalia Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília.

Soluções para essa epidemia têm sido discutidas e colocadas em prática em diferentes níveis: secretarias criam programas de prevenção, escolas reorganizam processos e educadores buscam formas criativas de enfrentar as dificuldades do dia-a-dia. Todas elas, além de contribuir para o bem-estar e o desempenho do profissional, têm impacto positivo na qualidade da Educação. Os "remédios" prescritos - tanto no sentido de prevenção quanto no tratamento - são gestão, formação, organização do tempo, trabalho em equipe, relacionamento com os alunos, infra-estrutura, currículo e valorização social. Nenhum combate sozinho todos os sintomas, mas, associados, eles podem formar um coquetel eficaz para acabar com a situação de impotência diante de um sistema tão doente.

Apoio da direção traz segurança


Uma gestão democrática e participativa é capaz de alterar as condições de trabalho dentro da escola, como relatam Analía Soria Batista e Patrícia Dario El-Moor no livro Educação: Carinho e Trabalho (Ed. Vozes). Instituições com maior participação dos pais e da comunidade têm mais materiais de apoio ao ensino e são mais limpas, por exemplo, o que contribui para melhorar o bem-estar de quem ali leciona.


A presença de diretores e coordenadores pedagógicos que dêem suporte efetivo equipe escolar e se co-responsabilizem pelos resultados do ensino é, igualmente, fator de aprimoramento das condições profissionais. Nesses profissionais estão as respostas para dificuldades que vão de questões pedagógicas a problemas de relacionamento. É o que mostra à pesquisa Saúde e Apoio Social no Trabalho, realizada em 2006 por Rodrigo Manoel Giovanetti, na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. "O apoio social tem efeitos moderadores do estresse e da síndrome do esgotamento, além de promover satisfação e produtividade", explica Giovanetti.


As investigações em escolas públicas levaram o pesquisador a concluir que, quando o diretor deixa de focar a atuação nas questões burocráticas, ele consegue tornar o dia-a-dia menos desgastante para todos. Por sua vez, os coordenadores, que também ocupam posição de liderança, têm papel fundamental no acompanhamento da prática em sala. Essa ação tem o poder de minimizar as angústias do docente diante das adversidades.

Em Itupiranga, a 630 quilômetros de Belém, uma mudança na gestão da Educação foi implantada tendo como foco a qualificação dos coordenadores pedagógicos. Três anos atrás, nem todos os 440 professores podiam contar com a ajuda desses profissionais. Desde então há encontros quinzenais para que eles recebam formação continuada com supervisão do Programa Além das Letras, do Instituto Avisa Lá. De acordo com a diretora de Ensino Rosanea do Nascimento de Lucena, antes os coordenadores não conseguiam desempenhar sua principal tarefa: organizar atividades de estudo com a equipe. "A estratégia uniu a rede e deu um suporte de conteúdo para os educadores."


Os resultados são vistos também de forma significativa na saúde do grupo. Ainda há casos de estresse e depressão entre os mais velhos, que contam com acompanhamento psicológico. "Os novos dificilmente têm problemas por sobrecarga ou frustração, já que recebem apoio à prática."


Bem-estar para quem se prepara

Os conhecimentos sobre didática avançam; a necessidade de se manter atualizado com relação aos conteúdos é constante; as salas de aula estão se tornando inclusivas; a sociedade exige cada vez mais da escola; e, por fim, há um abismo entre a formação inicial e a prática do Magistério. A pressão e a ansiedade para se adequar a tudo isso muitas vezes dão origem a doenças, mal-estar e tensão.


"O estresse aumenta quando a pessoa faz algo que não motiva. Por isso, temos investido em capacitação para dar melhor condição ao educador para se desenvolver e desempenhar sua função com prazer", afirma Marcos Monteiro, secretário-adjunto de Gestão do estado de São Paulo. Na rede paulista, na qual é altíssimo o absenteísmo por problemas de saúde, está sendo implantado um sistema de bonificação que terá entre os indicadores a assiduidade da equipe e o nível de aprendizagem dos alunos.

De modo geral, os mais inexperientes não conseguem dar conta das situações cotidianas, e muito menos das imprevistas. "Eles tendem a controlar a turma com gritaria e ofensas", afirma Gisele Levy, que concluiu mestrado sobre o tema na Universidade do Estado do Rio de Janeiro no ano passado. Ela identificou que 70% dos quadros de cinco escolas de Niterói, a 20 quilômetros da capital fluminense, apresentavam sintomas da síndrome de burnout, caracterizada por exaustão física e emocional. Em início de carreira, muitos profissionais, de acordo com Gisele, se inibem e acabam dando aulas de forma mecanizada. Em situações como essa é improvável que os estudantes avancem.


Quem encontra respostas adequadas aos dilemas da profissão consegue manter-se equilibrado e alcançar sucesso. Foi o que ocorreu com Liliane da Silva Oliveira Schanuel, de Petrópolis, a 68 quilômetros do Rio de Janeiro. Até 2006 ela trabalhava em uma escola em que não tinha ajuda para se aprimorar. Não dava para saber se eu estava indo no caminho certo. Era cansativo e estressante. Hoje ela dá aulas para a 3ª série na EM São José do Caetitu, onde a coordenação pedagógica é atuante. Lemos e debatemos sobre tudo o que nos cerca. O aprimoramento me trouxe tranqüilidade.


Para Rosilene Ribeiro, da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis, a formação continuada é tão importante quanto a inicial. "Ela é útil para transformar questões cotidianas da prática em objetos de análise e reflexão". Com doutorado concluído na área, Rosilene atesta: "Os docentes planejam e avaliam com maior segurança". Aulas mais bem preparadas têm impacto no desempenho da turma e, por conseqüência, na satisfação profissional.


Horários para estudo e diversão


Uma boa forma de reduzir o cansaço físico e mental e ainda melhorar os resultados de aprendizagem dos estudantes é ter tempo para estudar, planejar e reunir-se com os colegas sem esquecer os momentos de lazer. De acordo com a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope, os professores gastam em média 59 horas por semana em atividades ligadas ao trabalho 50% desse tempo em sala de aula. Metade deles tem menos de seis horas por semana de lazer. Esses são os que mais apresentam sintomas de estresse como insônia e dores de cabeça freqüentes.


Há três anos, Valéria Hengleluz, que leciona em duas escolas de Osasco, na Grande São Paulo, teve diagnóstico de depressão. O maior motivo, acredita, foi a carga pesada de trabalho - 70 aulas semanais em até três turnos. Quando estava em casa, ela sentia que tudo melhorava. Mas, quando o momento de retomar as aulas se aproximava, ficava aflita. Em cinco ocasiões, chegou ao portão da escola e não conseguiu atravessá-lo. "Eu tinha uma sensação de perda total, me sentia inútil, achava que ia morrer."


Valéria tirou licença médica e se afastou da EE Professor José Jorge e da escola particular em que lecionava. Para sair da crise e voltar a dar aulas, sua grande paixão, mudou a rotina: descansa mais, lê, assiste a filmes e faz caminhadas. "Antes eu quase não saía de casa. Agora, não recuso um convite para ir ao cinema." Ela definiu um limite de 40 aulas semanais de carga horária e, para se adaptar ao salário menor, reduziu as despesas pessoais.


De acordo com Beatriz Cardoso, docente da Universidade de São Paulo e coordenadora executiva do Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo, a gestão do tempo não está só nas mãos do professor. Essa tarefa depende também das condições oferecidas a ele pela rede. "Nesse nível, deve-se, em primeiro lugar, optar pelo que potencializa a aprendizagem e, em segundo, considerar outras particularidades da rotina escolar", define Beatriz. E aí estão incluídas as horas de trabalho pedagógico remuneradas, essenciais para a qualidade da prática.


O poder do apoio dos colegas

Maria Elizabeth Barros de Barros, da Universidade Federal do Espírito Santo, estudou as estratégias encontradas pelos docentes a fim de promover a saúde o que, para ela, não é a ausência de doenças, mas a crença na possibilidade de acabar com o que faz sofrer. "O mais eficaz é apostar na boa relação entre os professores e construir o sentimento de grupo", aponta.


Por sua importância, o trabalho em equipe é um tema que deveria ser mais valorizado pelos gestores na opinião de Beatriz Cardoso. "É preciso pensar em meios e condições para que ele seja o mais produtivo possível." Quando há momentos de conversa e atividades coletivas, os profissionais e suas ações ficam mais fortalecidos. "Quem tenta fazer algo diferente sozinho acaba não tendo o respaldo dos colegas ou a orientação dos mais experientes", diz Maria Elizabeth. Se a troca de informações se torna prioridade no dia-a-dia da escola, surge em cada um o sentimento de que suas idéias são úteis para a produção social. Dessa forma, a prática pedagógica também é enriquecida - e os alunos só têm a ganhar.


Na EMEF Professora Altamira Amorim Mantesi, em Araraquara, a 277 quilômetros de São Paulo, o trabalho em equipe faz parte do cotidiano. "O planejamento fica bem melhor com a troca de experiências", conta Bia Pinto César, que leciona para o 5º ano. "Eu não gosto de preparar aulas baseada apenas em um livro ou uma fonte. É ótimo quando uma colega me mostra um material novo que eu não havia encontrado em minhas pesquisas. Isso faz toda a diferença na qualidade do ensino."


Bia considera o momento também um grande alívio para as pressões e cobranças do dia-a-dia: "Tenho muito mais segurança. Sem esse diálogo constante com minhas companheiras, seria bem mais difícil". A pesquisadora Maria Elizabeth acredita que no ambiente escolar pode haver espaço para choro e queixas - que aliviam a tensão cotidiana - desde que isso se torne algo positivo. "A queixa deve se transformar em alternativas para enfrentar as adversidades. Só reclamar leva a mais mal-estar", ressalta.


O melhor meio de manter a paz


A dificuldade de relacionamento com crianças e jovens em classe é a maior queixa dos professores, como mostra a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope. A falta de disciplina foi citada como o principal problema em sala de aula por 46% dos entrevistados. Maristela Rautta, de São Miguel do Oeste, a 693 quilômetros de Florianópolis, teve muitos momentos de estresse exatamente por causa disso. No ano passado, a professora do Grupo Escolar Municipal São João Batista de la Salle encontrou uma turma de crianças de 7 anos muito agitada. Elas subiam nas mesinhas e brigavam constantemente entre si. "A relação com as crianças é condição para a docência. Se ela está deteriorada, como ensinar? Essa é uma das razões do grande mal-estar entre os educadores", explica Inês Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Para Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo, o desrespeito é um fenômeno discutido no mundo todo e ultrapassa os limites da escola. "A ausência do senso moral, da idéia de que o outro existe e eu preciso respeitá-lo, é geral." Um dos caminhos, segundo ele, seria a escola discutir princípios de forma sistemática para que os alunos entendessem o porquê das regras. Maristela seguiu linha semelhante e encontrou uma solução para a indisciplina dentro da sala com o apoio da coordenadora, Clarisse Thums, e de toda a equipe. Ela estabeleceu regras, levou as crianças a discutir seus sentimentos em relação aos pais e à escola e a refletir sobre as atitudes de convivência.


Além disso, Maristela também mudou sua forma de dar aulas - esse resgate da autoridade pelo conhecimento, segundo De La Taille, é outro ponto essencial nas relações entre estudantes e mestres. "Muitos alunos não avançavam no aprendizado, e alguns não estavam alfabetizados. Agora eu procuro desafiá-los o tempo todo. Hoje me sinto muito bem e uma profissional bem melhor", diz ela.


Boas condições, bom desempenho


O espaço da escola afeta tanto o cotidiano dos professores quanto o dos alunos. A precariedade das condições físicas dificulta as aulas, tornando-as desgastantes e reduzindo a produtividade. Mobiliário inadequado ou classes sem boa ventilação, iluminação ou acústica podem causar ou agravar problemas de saúde, como os osteomusculares ou de voz.


Rejane Cristina dos Santos, da EE Imaculada Conceição, em Pedro Leopoldo, a 46 quilômetros de Belo Horizonte, sofreu em razão das condições inadequadas do ambiente e do mau uso que fazia da voz falava alto e permanecia em contato com pó de giz por tempo demasiado. No ano passado, ficou completamente afônica durante 15 dias. Passado o susto, ela se valeu da criatividade para voltar à sala de aula: construiu painéis em que escreve com canetão e usa microfone.


Iniciativas individuais como a de Rejane são relevantes, mas cabe aos gestores da rede e da escola cuidar da questão. Há oito anos, Joice Salete Silverio Pires, da EM Marumbi, em Curitiba, começou a acordar sem voz. O problema poderia ter se agravado se a diretora não a tivesse encaminhado ao programa municipal de qualidade vocal. Ela fez um tratamento fonoaudiológico e operou nódulos nas cordas vocais. "Depois disso, a prefeitura disponibilizou um microfone para eu usar em classe", conta Joice. Além de seu bem-estar, garantiu-se, assim, a qualidade do ensino que ela ministra.


Também visando à aprendizagem, o Tocantins está definindo padrões de qualidade do ambiente escolar que incluem conforto acústico, ventilação, temperatura e iluminação adequadas e acessibilidade. "Criamos políticas para reduzir os riscos para alunos e professores, pensando em saúde e Educação de forma articulada", diz Maria Auxiliadora Rezende Seabra, secretária de Educação e Cultura.

Um rumo para a prática


Ter clareza sobre o que ensinar é condição para que os docentes executem bem sua função em classe. Apresentar esses conteúdos é papel das diretrizes curriculares. "Quando há referências e metas, apontando caminhos para os quais se deve ir o professor toma decisões com maior segurança e isso tem impacto na qualidade da Educação", afirma Neide Nogueira, da equipe responsável pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Com a certeza de ter as condições necessárias para desempenhar bem sua função, o educador sofre menos.


Os PCNs foram elaborados com o objetivo de proporcionar uma formação ampla ao aluno, torná-lo alguém que põe o conhecimento em uso na vida social. Cada secretaria deve se apropriar dessas referências e adequá-las ao contexto local. "Cabe às escolas, por sua vez, criar um projeto pedagógico que defina priorida- des e ações", diz Neide. O ideal é que elas montem um currículo completo para que a equipe docente saiba a fundamentação teórica adotada, o histórico do ensino das disciplinas, os objetivos de aprendizagem de cada ciclo ou série, os conteúdos que devem ser trabalhados e as orientações didáticas.


Para se tornar eficaz, no entanto, um currículo precisa ser elaborado com a participação de todos os envolvidos no processo educativo. Diretrizes definidas nos gabinetes e apenas apresentadas a quem deve segui-las trazem descontentamento e mais angústia. Preocupada em atualizar a proposta curricular que tinha até então, a equipe da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande decidiu estender a discussão a todos os gestores, às equipes técnicas e aos professores, o que deu origem a um novo documento, já em fase de consolidação. "Houve encontros e debates nas escolas, até com a comunidade e os estudantes, e um forte intercâmbio", conta Leusa de Melo Secchi, técnica da divisão de Educação Infantil da rede. Para ela, o mais significativo da experiência é poder socializar conhecimentos e dividir responsabilidades. A definição coletiva do trabalho dá a tranqüilidade de lecionar sabendo exatamente onde pisar. "Todos têm o compromisso com o que foi produzido e até com os possíveis erros."



Satisfação vem com prestígio


O apoio da sociedade aos educadores está diminuindo. É o que sente um terço dos professores brasileiros, segundo a pesquisa NOVA ESCOLA e Ibope. Isso acaba afetando seu bem-estar e seu desempenho em sala de aula. "A progressiva desqualificação e o não-reconhecimento social potencializam o sofrimento dos docentes", assinala Mary Yale Rodrigues Neves, da Universidade Federal da Paraíba. Quando se fala em valorização social, o sentido não deve ser apenas retórico, o que inclui homenagens e discursos em favor do Magistério. Essa é a opinião de Inês Teixeira, da UFMG: "A valorização tem de ser real. Profissional reconhecido é aquele que dispõe de boas condições de exercer sua função no dia-a- dia, salário compatível com o que se espera dele e políticas públicas que cuidem de sua formação e sua saúde".


A Finlândia, o país com a melhor Educação do mundo segundo o Pisa, avaliação feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é um lugar em que a carreira docente está entre as mais concorridas e desfruta de grande prestígio. Lá, as principais apostas do sistema educacional são um currículo amplo e a formação docente. "A escola é o reflexo da sociedade na qual está inserida", conclui Inês Teixeira.


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Problemas de voz


Principais problemas


Irritação, coceira e dor de garganta, cansaço ao falar, pigarro e a sensação de que a voz some e falha no decorrer do dia ou da semana, inflamação nas cordas vocais, laringite, nódulos nas cordas vocais.


Origem


O uso da voz por muitas horas seguidas, muitas vezes em tom elevado, pode causar danos sérios, somado ao excesso de trabalho reduz o tempo de descanso e lazer. As condições físicas de trabalho inadequadas, como salas de aula mal projetadas, ruído externo e interno a sala de aula, sala de professores com estrutura inadequada também são agravantes. Também é relevante dizer que falta de informações sobre cuidados com a saúde vocal na formação e atuação profissional.


Prevenção


§ Evite concorrer com ruídos que exijam aumento na intensidade vocal (carros, aviões, retroprojetor, ventilador, entre outros).


§ Evite sussurrar ou pigarrear.


§ Não fale enquanto escreve na lousa (para não aspirar o pó de giz).


§ Evite roupas pesadas e que apertem a região do pescoço e abdômen.


§ Beba regularmente água, em pequenos goles, quando estiver dando aulas.


§ Articule bem as palavras.


§ Mantenha uma alimentação saudável e regular (evite comidas gordurosas, chocolate, café ou bebidas com cafeína, bebidas gasosas e cigarro; coma maçã para limpar o trato vocal).


§ Na hora de acordar e levantar da cama, espreguice e faça alongamentos tentando relaxar. Utilize recursos em sala que aumentem a participação dos alunos e ajudem a poupar a voz.


§ Tenha alguns intervalos para descansar a sua voz.


§ Com orientação fonoaudiológica, faça exercícios de aquecimento e desaquecimento vocal.


Tratamento


Se tiver rouquidão ou outro dos sintomas por mais de 15 dias procure imediatamente um médico especialista para avaliação e tratamento específico. Doenças benignas costumam ser tratadas com fonoterapia e tratamento medicamentoso. A microcirurgia da laringe é indicada para a correção de doenças tumorais e nódulos.


Fontes: Fabiana Zambon, fonoaudióloga do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP) e Jeferson Sampaio D’Avila, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz.






Dores musculares


Principais problemas


Lesões por esforços repetitvos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs). Os problemas ligados a postura, estresse e trabalho excessivo podem gerar casos de tendinite, bursite, dores na coluna, síndrome do túnel do carpo, varizes.






Origem


Os professores permanecem por muitas horas em pé, usando muitas vezes, no caso das mulheres, sapatos altos e inadequados. Os saltos altos podem gerar posturas inadequadas, como, por exemplo, a hiperlordose lombar. A posição em pé inadequada por muitas horas leva a sobrecarga e conseqüentes dores na coluna e fadiga muscular. A posição em pé por longos períodos também gera contração muscular estática, o que favorece a diminuição no fluxo sanguíneo e conseqüentemente surgem as varizes. As tendinites e bursites no ombro são ocasionadas por movimentos repetitivos quando o ombro fica flexionado acima de 90 graus devido a impactação das entre estruturas ósseas, musculares e tendineas o que também é conhecido como síndrome do impacto. O fato de o professor ter que corrigir muitas provas, preparar aulas, entre outros, faz com que apresente também problemas nos punhos como síndrome do túnel do carpo (compressão continua do nervo mediano na região óssea denominada região do carpo), no cotovelo como epicondilites e tendinites devido ao overurse (excesso de uso destas estruturas). Dores cervicais também podem ser geradas devido as posturas estáticas ou incorretas da cabeça (flexões do pescoço ou extensões) e tensionamento dos músculos cervicais.


Prevenção


Tudo depende da forma como o professor organiza e conduz os trabalhos diários em sala, mas há algumas recomendação gerais:


§ Adeqüe a carga horária de trabalho para que não se torne desgastante.


§ Crie e respeite momentos de descanso.


§ Evite sapatos com salto alto.


§ Mantenha uma postura adequada.


§ Evitar movimentos repetitivos.


§ Faça exercícios físicos regularmente.


§ Se tiver que segurar crianças pequenas no colo, não flexione muito a coluna.


§ Tenha cuidado com a quantidade de material que carrega.


§ Não escreva no quadro de maneira contínua.


§ Dê atenção a dores e sintomas e não deixe o corpo chegar ao limite.






Tratamento


Não ignore os sintomas. Quanto mais rápido procurar ajuda de um profissional que consiga verificar a amplitude do problema, mais fácil é reverter o quadro. Automedicação resolve os problemas de maneira pontual e não é o mais indicado.


Fonte: Rosimeire Simprini Padula, doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos e coordenadora do Grupo Técnico – Prevenção de Lesões Músculoesqueléticas e Reablitação da Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo).


Transtornos mentais e comportamentais


Principais problemas


Os principais sofrimentos psíquicos estão ligados a ansiedade, insônia, angústia, desânimo, choro fácil, insegurança excessiva, tensão, estresse, depressão, síndrome do pânico e síndrome de burnout (o esgotamento físico e emocional).






Origens: Podem ser desde situações pontuais (caso do estresse, que é a reação a uma situação inesperada) até fatores multideterminados. Há questões centrais como falhas na formação inicial, ausência da continuada, o excesso de tempo em sala e falta para o planejamento ou descanso e lazer, a desvalorização social, a violência, a difícil relação com os alunos e a dificuldade de retomar a autoridade em sala, a ausência de apoio institucional (tanto do lado da gestão do trabalho quanto da infra-estrutura), de apoio entre os pares e das famílias dos alunos.


Prevenção


1. O que as redes podem fazer


§ Avaliar os motivos que levam aos adoecimentos.


§ Qualificar o trabalho dos diretores e coordenadores pedagógicos.


§ Investir em formação continuada de qualidade.


§ Oferecer escolas com boa infra-estrutura básica (iluminação, temperatura e acústica adequadas, materiais pedagógicos), além de segurança preventiva.


§ Em conjunto com os atores educacionais, elaborar um currículo que dê norte ao trabalho em sala.


§ Valorizar formalmente o professor (por exemplo, com salários compatíveis ao que se espera dele, o que pode evitar que ele assuma outros turnos e empregos).






2. O que as escolas podem fazer


§ Fortalecer uma gestão democrática que favoreça as relações interpessoais.


§ Qualificar o tempo do trabalho em equipe.


§ Participar da gestão do aprendizado. Diretores e coordenadores ser co-responsáveis pelos resultados educacionais.


§ Aproximar a família da escola.


§ Participar da construção do currículo da rede.


§ Desenvolver um trabalho sistemático que discuta princípios, valores e regras para melhorar o relacionamento entre professores e alunos e entre todos na equipe escolar.


§ Avaliar constantemente as condições de trabalho da equipe e acompanhar os casos de adoecimento.






3. O que você, professor, pode fazer


§ Aposte em qualificação continuada para ficar melhor preparado diante das adversidades e também para ter maior segurança em sala de aula.


§ Participe da construção do currículo da rede ou da escola, assim como do projeto político pedagógico.


§ Aproxime a família da escola.


§ Trabalhe uma melhor convivência com os alunos, com apoio da escola.


§ Exija melhores condições de trabalho.


§ Pratique exercícios físicos, crie e respeite horários de descanso e lazer para uma melhor qualidade de vida.


§ Questione e tentar entender os problemas que o atingem e aprenda a lidar melhor com as dificuldades, sobretudo por meio das relações interpessoais e do trabalho em equipe.


§ Busque ajuda psicológica se necessário.


Tratamentos: Depende do problema e do grau de desgaste. Os mais comuns são com psicoterapia e medicação temporária.


Fontes:


Beatriz Cardoso, do Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária (Cedac); Francisco Nunes Sobrinho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Gisele Levy, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Iône Vasques-Menezes, da Universidade de Brasília; José Manuel Esteve, da Universidade de Málaga (Espanha); Manoel Giovanetti, psicólogo que defendeu mestrado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; Maria Elizabeth Barros de Barros, da Universidade Federal do Espírito Santo; Mary Yale Rodrigues Neves, da Universidade Federal da Paraíba; Neide Nogueira, da equipe responsável pela elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs); Rosilene Ribeiro, da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis; Wanderley Codo, da Universidade de Brasília; Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo.

Fonte: Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo



Praça da República, 282 - CEP: 01045-000 - São Paulo SP - Fone: 3350-6000


http://apeoespsub.org.br/especiais/remedios_educacao.html

VOCÊ É UM GEEK?

Então responda o teste abaixo...

1. Acidentalmente você clica a sua password no microondas?

2. Há anos que não joga “Paciência” com cartas de papel?

3. Tem uma lista de 10 números de telefone para falar com a sua família de três pessoas?

4. Envia um e-mail ou conecta o Messenger para conversar com a pessoa que trabalha na mesa ao lado da sua?

5. A razão por que não fala há muito tempo com alguns familiares é que desconhece os seus endereços eletrônicos?

6. Se você esquece o celular em casa, fica apavorado e volta imediatamente para buscá-lo?

7. Levanta cedo e liga o computador antes de tomar o café da manhã?

8. Conhece o significado de lol, tbm, qdo, naum, msm, dps, tc…

9. A maioria das piadas que conhece, recebe por e-mail (e ainda por cima ri sozinho…)?

10. Quando o seu computador para de funcionar, parece que foi o seu coração que parou?

Se você respondeu sim a uma, apenas uma dessas perguntas, não precisa ter nenhuma dúvida: você é um geek – termo usado para designar os viciados em tecnologia. E uma pessoa assim, pode ser capaz de cometer verdadeiras loucuras para consumir os últimos lançamentos de máquinas fotográficas digitais, aparelhos celulares, Tvs de LCD...

“Na verdade a tecnologia entra no contexto, como se fosse um tipo de compulsão, tal como o consumo excessivo de chocolate, álcool entre outros. O mecanismo, de uma forma geral é o seguinte: a pessoa, na tentativa de minimizar um estado intenso de ansiedade interna e inconsciente, lança mão desse tipo de comportamento para tentar administrar a angústia. Mas, por se tratar de um sentimento de ordem inconsciente, o mecanismo de compensação, como, por exemplo, acessar a caixa de e-mails várias vezes ao dia, ou comer muito chocolate, não será suficiente para dar fim à ansiedade, já que as causas, como disse, são inconscientes, então a pessoa, de novo, reinicia o ciclo”, esclarece a psicóloga da UERJ, Gisele Cristine Levy, especializada em estresse.

Mas quais são os sintomas dessa doença?

“Para citar alguns, eu falaria sobre aquelas pessoas que, mesmo sem exigência profissional, possuem vários números de celulares, laptops e artigos do gênero, ou viajam para um SPA, mas a primeira coisa que perguntam é se existe conexão com a internet. Portanto, quando o uso da tecnologia substitui o contato com as pessoas, prejudicando sua vida afetiva e prática, torna-se negativa e perigosa”, diagnostica a psicóloga.

O editor de imagens da Rede Globo de Televisão, Luiz Paulo, 54 anos, não se reconhece como um viciado em tecnologia. Segundo ele, é “apenas para se sentir atual e mais jovem que sai em busca dos novos lançamentos”. Mas seu lado geek se revela mesmo quando assume que tem uma mala especial para carregar os fios e cabos dos seus laptops, celulares e máquinas digitais em suas viagens, mesmo que só por um curtíssimo final de semana.

Luiz Paulo garante que não fica estressado se, por acaso, algum deles dá sinal de que vai pifar:

“Não tem problema porque tenho sempre algum desses equipamentos de reserva. Tenho computador, por exemplo, na Globo, em casa e também tenho um laptop.Viciado mesmo, eu não sou não”, se ilude o editor.

Cura

Já a publicitária Lígia Villela, vê a tecnologia como “uma ótima ferramenta para fazer amigos e para se comunicar rapidamente com eles”. E ainda acrescenta: “os recursos criados pela tecnologia fazem, todos os dias, uma revolução na vida da gente. Tenho um recurso no meu celular chamado, Moto ID, que me permite identificar a música e o álbum que estiver tocando em qualquer rádio. Antes, eu tinha que ficar atenta para ouvir o nome e, depois, ir às lojas perguntar se havia CD daquela cantora ou cantor. Isso não é fantástico?”, indaga.

Como a diferença entre o antídoto e o veneno é a dose, os especialistas alertam para uma nova doença que vem surgindo, paralelamente às novas descobertas tecnológicas: o tecnostress ou seja, a irritação que sentimos quando não conseguimos operar um novo equipamento ou quando este se mostra com defeito e até mesmo quando o elevador demora a chegar ou o celular de alguém encontra-se fora de área.

“Vamos continuar a sentir os efeitos do tecnostress cada vez mais, a menos que tenhamos sucesso em estabelecer onde estão as fronteiras saudáveis. Temos de parar e avaliar nossas vidas, porque somos nós que estamos causando os problemas, não a tecnologia”, adverte a psicóloga capixaba, Maria Luíza Amorim Macedo.

Uma vez diagnosticada a doença, há cura? “Sim”, afirma a psicóloga Gisele Levy, “na maioria do casos”, continua. “A cura pode vir de vários caminhos: da própria pessoa, que superando uma situação dolorosa como, por exemplo, a morte de um ente querido, após o luto muda de comportamento, da psicoterapia, nos casos mais intensos, de medicação e por fim de terapias alternativas como a meditação”.

Fonte: IGEDUCA.COM.BR
http://www.igeduca.com.br/artigos/saude-total/voce-e-um-geek.html

sábado, 3 de outubro de 2009

Refletindo sobre o Stress e a Qualidade de Vida no Trabalho


A saúde e a qualidade de vida são conceitos presentes em todos os setores da vida do ser humano, em particular no mundo do trabalho, constituindo-se em prioridade perante aos ataques cotidianos das pressões socioambientais .


Quando a relação entre as condições biológicas e o meio físico e social se mostram desarmônicas, a saúde dará lugar a doença. Tanto saúde quanto doença, são fenômenos que não surgem de forma isolada, ambos estão intimamente relacionados ao contexto sócio-econômico e cultural.


O surgimento do stress ocupacional esta diretamente relacionado a má organização do trabalho, onde provavelmente a relação entre o homem e o sua atividade esta bloqueada, ou seja, quando cessa a identificação entre o trabalhador e o fruto do seu trabalho. Nesse momento então emerge o sofrimento, onde os projetos, esperanças e desejos estão sendo ignorados.

Pense nisso ....

1º Simpósio de Transtornos Cognitivos e Demências- 17/10/09 - São Carlos (SP)

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizará, no dia 17 de outubro, o 1º Simpósio de Transtornos Cognitivos e Demências. O evento é organizado pela Liga de Neurologia Cognitiva e Comportamental, ligada ao Centro Acadêmico de Medicina da UFSCar. A programação contempla palestras e mesas-redondas. “Diagnóstico diferencial das demências”, “Manejo não medicamentoso da pessoa com demência e de seu cuidador”, “Comprometimento cognitivo leve”, além de diversos assuntos referentes ao diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer serão alguns dos temas a serem abordados.

Os palestrantes convidados são Márcia Chaves, do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Ivan Okamoto, do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo, e Francisco Assis, do Departamento de Medicina da UFSCar.

O evento começará às 9 horas e será realizado no Cine São Carlos, localizado na Rua Major José Inácio, número 2.154, no centro de São Carlos. As inscrições podem ser feitas no site do simpósio até o dia 16 de outubro.

Mais informações e inscrições: www.ufscar.br/simposiodemencia
http://blog.cienciasecognicao.org/2009/09/1-simposio-de-transtornos-cognitivos-e.html

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Evento Comemorativo dos 15 Anos do Saúde e Brincar

FIOCRUZ

INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA

Evento Comemorativo dos 15 Anos do Saúde e Brincar
Programação

Dia 01/10/2009

10:00 - Abertura do evento – apresentação da Enfermaria do Riso / UNIRIO

10:15: Mesa de abertura

Dr. Carlos Maciel – Diretor do IFF / FIOCRUZ
Dr. Gilberto Vasques Cava – Vice-Diretor de Planejamento IFF / FIOCRUZ
Dr. Eduardo Novaes – Vice-Diretor de Assistência IFF / FIOCRUZ
Dr. Fabio Russomano – Vice-Diretor de Ensino IFF / FIOCRUZ
Drª Kátia Sydronio – Vice-Diretora de Pesquisa do IFF / FIOCRUZ
Dr. Antonio Meirelles – Chefe do Dep. de Pediatria IFF / FIOCRUZ
Drª Olga Bastos – Presidente do Centro de Estudos Olinto de Oliveira IFF / FIOCRUZ
Drª Cristina Pessoa – Membro da Diretoria do Centro de Estudos IFF / FIOCRUZ.

11:00 – Bases Teóricas do Brincar e a Integralidade na Promoção da Saúde da Criança e do Adolescente (Sessão Nobre)

Dra. Neyza Prochet – Psicanalista - Membro Efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo.

Tema: Construindo um Tempo e um Lugar de Brincar

Dr. Carlos Alberto de Mattos – Doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ), Mestre em Educação (UFRJ), Psicanalista, Fonoaudiólogo, Psicomotricista e Coordenador Técnico da Pós-graduação do Uni-IBMR.

Tema: O brincar na promoção da saúde: acolhimento, comunicação, integralidade e valorização do ambiente em relação ao reducionismo biológico medicamentoso.

Professora Denyse Telles da Cunha Lamego – Fonoaudióloga, Setor de Neurologia IFF / FIOCRUZ; Mestre em Saúde da Criança e da Mulher.

Tema: A Psicomotricidade Relacional da Atenção Integral ao Bebê Hospitalizado

Moderadora: Professora Priscila Menezes Aragão – Psicóloga, Mestre em Saúde Coletiva IMS/UERJ.

12:30 – Intervalo para Almoço

14:00 – História e Trajetória do Saúde & Brincar

Dr. Edson Saggese – Psiquiatra, Professor e pesquisador IPUB/UFRJ

Professor Marcelo de Abreu Maciel – Psicólogo, Mestre em Educação

Drª Rosa Maria de Araujo Mitre – Terapeuta Ocupacional, Pesquisadora e Coordenadora do Saúde & Brincar IFF / FIOCRUZ

Professora Mirna Barros Teixeira – Psicóloga, Mestre em Saúde Pública, lotada na Vice-Presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência / FIOCRUZ

Moderadora - Professora Maria Magdalena Quaresemin de Oliveira – Pedagoga, Coordenadora do Projeto Biblioteca Viva em Hospitais IFF / FIOCRUZ

16:00 – Encerramento e Confraternização.

Pesadelo x Crianças


Já dizia Freud na obra A Interpretação dos Sonhos (1988) que o sonho nada mais é que a tentativa de realização de nossos desejos reprimidos “(...) O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”.

Mas e o pesadelo? Freud mais tarde compreendeu que o pesadelo era uma tentativa do inconsciente de controlar um material reprimido que causava muito sofrimento à pessoa. Portanto, nos pesadelos as sensações fortes como angústia ansiedade e medos extremos são comuns, fato esse que nos obriga a acordar, a fim de livrar-nos desse suplício.

No caso das crianças, os pesadelos tendem a ser mais comuns, minimizando sua freqüência com o passar da idade. Em muitos dos casos, os pesadelos estão associados a angústia de separação (a noite é o momento no qual, a criança, ao acordar percebe que esta sozinha), a mudanças no contexto familiar, morte ou a um perigo real.

Ter pesadelos faz parte da vida, no entanto este fato torna-se um problema quando passa a ser freqüente, prejudicando a dinâmica familiar, a relação com os outros e o rendimento da criança na escola. Nesse caso é importante que os pais procurem um médico para rejeitar a possibilidade de doença orgânica e um psicólogo.

O que os pais podem fazer?

Conversar com a criança sobre o pesadelo, fazer com que ela se expresse através de um desenho, massinha ou verbalmente.

Estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história (cuidado com o tema...), cantar uma canção de ninar etc...

Pode deixar acesa uma luz bem fraquinha, mas é importante que na medida em que os pesadelos venham a diminuir, ir deixando de lado esta estratégia, caso contrário a criança nunca se sentirá segura dormindo sozinha no escuro.

Oferecer a criança um bicho de pelúcia, um travesseiro ou uma fralda. A função disso é amainar o momento de separação dos pais na hora de ir para a cama, transmitindo uma sensação de conforto e segurança.

Não dar alimentos pesados ou muito gordurosos, tais como: achocolatados, biscoitos e refrigerantes, antes da criança dormir, porque aumenta o metabolismo do corpo, inclusive da mente, podendo provocar pesadelos.

Cuidado com o que seu filho vê na TV ou na internet. Evite filmes ou desenhos assustadores e violentos e jogos de computador, pelo menos 40 min antes da hora de dormir.

Como reagir na hora em que a criança está tendo um pesadelo?

No caso da criança começar a chorar compulsivamente, sugiro que fale bem baixinha com ela, a fim de acalmá-la. O intuito não é acordá-la, mas sim diminuir sua angustia com o tom da sua voz, para que ela se sinta em condições de voltar a dormir normalmente. Quanto aos episódios de terrores noturnos, existem outras precauções a serem adotadas.

Mostra debate a relação da psicanálise com o cinema em 23 filmes, na Caixa Cultural


RIO - A relação entre o cinema e a psicanálise é o tema da mostra "Loucos por cinema", que exibe desta terça-feira (29.09) até domingo (04.10) 23 filmes na Caixa Cultural. Com participação de psicanalistas, professores e especialistas, o evento promoverá debates mediados pela curadora Bianca Novaes, doutoranda em Psicologia Clínica pela PUC-RJ.


Neurose, psicose e perversão, muitas vezes simplificadas pelo estigma de "loucura", são retratadas pelos longas selecionados. Um dos objetivos é discutir como os atores e diretores se posicionam diante dos desafios de expor o tema tão delicado.

Entre os destaques, está o documentário ainda inédito no Brasil "The pervert's guide to cinema" (2006), de Sophie Fiennes, em que o filósofo Slavoj Zizek analisa a linguagem escondida do cinema e conduz o espectador numa viagem por alguns dos maiores filmes da história.

Entre os brasileiros, está "O bicho de sete cabeças", em que Rodrigo Santoro faz o papel de um jovem internado em um manicômio.

Há também clássicos, como "Fahrenheit 451"(1966), no qual o diretor François Truffaut desenha uma civilização do futuro dominada por um estado totalitário; e "O gabinete do Dr. Caligari" (1920) sobre um misterioso hipnotizador.

Toda a renda do evento "Loucos por Cinema - Mostra de Cinema e Psicanálise" será destinada ao Programa Fome Zero.

Confira a programação completa:TERÇA-FEIRA, 29/09

Cinema 1

17h - "Delicatessen" (Delicatessen), de Jean-Pierre Jeunet e Marc Caro, 1991, 99min.

19h30m - "Bicho de sete cabeças", de Laís Bodanzky, 2000, 88min.

21h - "Wittgenstein" (Wittgenstein), de Derek Jarman, 1993, 75min.

Cinema 2

17h15m - (The pervert's guide to cinema), Sophie Fiennes, 2006, 150min.

20h - "Titicut follies", de Frederick Wiseman, 1967, 84min.

QUARTA-FEIRA, 30/09

Cinema 1

17h - Uma mulher sob influência (A Woman Under the Influence), John Cassavetes, 1974, 155min.

Sessão seguida de debate, às 19h35.

19h40 - Alphaville (Alphaville, une étrange aventure de Lemmy Caution), Jean-Luc Godard, 1965, 99min.

Cinema 2

17h15 - Pontes de Madison (The Bridges of Madison County), Clint Eastwood, 1995, 135min.

20h - Seguido de Debate com Regina Herzog e Marcia Arán

QUINTA-FEIRA, 01/10

Cinema 1

17h - (The Pervert's Guide to Cinema) Sophie Fiennes, 2006, 150min.

19h40 - Viridiana ( Viridiana), Luis Buñuel, 1961, 90min. ,

21h10 - O gabinete do Dr. Caligari (Das Cabinet des Dr. Caligari) Robert Wiene, 1920, 75 min.

Cinema 2

17h15 - Fahrenheit 451 (Fahrenheit 451), François Truffaut, 1966, 112min.

20h - Festim Diabólico (Rope), Alfred Hitchcock, 1948, 80min.

SEXTA-FEIRA, 02/10

Cinema 1

17h - Almas Gêmeas (Heavenly Creatures), Peter Jackson, 1994, 99min.

20h - Seguido de Debate: com Glória Sadala e Isabel Forets.

19h40 - O Tesouro de Sierra Madre (The Treasure of the Sierra Madre), John Huston, 1948, 126min.

Cinema 2

17h15 Camille Claudel, de Bruno Nuytten, 1988, 158min.

20h - Seguido de Debate: com Glória Sadala e Isabel Forets.

SÁBADO, 03/10

Cinema 1

14h30 - Estamira (Estamira) Marcos Prado, 2004, 121min.

17h - Uma mulher sob influência (A Woman Under the Influence), John Cassavetes, 1974 155min.

19h40 - Louco por Cinema, de André Luis Oliveira, 1994, 100min.

Cinema 2

15h - Um Corpo que Cai (Vertigo), Alfred Hitchcock, 1958, 128min.

17h15 - Psicose (Psycho), Alfred Hitchcock, 1960, 109min.

20h - Seguidas de Debate: com Marcus André Vieira e Fernando Ribeiro"

DOMINGO - 04/10

Cinema 1

14h30 - A Bela da Tarde (Belle de Jour), Luis Buñuel, 1967, 101min.

17h - Edukators (Die fetten Jahre sind vorbei), Hans Weingartner, 2004, 127min.

19h40 - Repulsa ao Sexo (Repulsion), Roman Polanski, 1965, 105min.

Cinema 2

15h - Um estranho no ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest), Milos Forman, 1975, 133min.

17h15 - (The Pervert's Guide to Cinema), Sophie Fiennes, 2006, 150min.

20h - Fahrenheit 451, François Truffaut, 1966, 112min.

DEBATES:

- "Uma mulher sob influência" e "As pontes de Madison"

Quarta, às 20h

Com Márcia Arán e Regina Herzog

- "Camille Claudel" e "Almas gêmeas"

Sexta, às 20h

Com Gloria Sadala e Isabel Fortes

- "Um corpo que cai" e "Psicose"

Sábado, às 20h

Com Marcus André Vieira e Fernando Ribeiro

* Todos os debates terão a mediação de Bianca Novaes, curadora da mostra.


"Loucos por cinema - Cinema e Psicanálise" @ Caixa Cultural Rio de Janeiro. Av. Almirante Barroso 25, Centro - 2544-4080. De ter (29.09) a dom (04.10). De ter a sex, sessões às 17h, 19h40m e 20h. Sáb e dom, sessões a partir das 14h30m. R$ 4

Fonte: O GLOBO.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

STRESSE E CORAÇÃO


Encontrei este artigo, escrito pelo  Dr. Armando Miguel Jr, no site http://www.abcsaude.com.br/. Esta bem claro e objetivo, vale apena dar uma olhada.

Boa leitura ...

O homem, a máquina geradora de estresse. O estresse é definido como sendo uma reação desencadeada por qualquer evento que confunda, amedronte ou emocione profundamente a pessoa, podendo ser um evento positivo ou negativo. Coloca o estresse como um termo que pode ser utilizado em dois sentidos, tanto para descrever uma situação de muita tensão, quanto para definir nossa reação a tal situação. Utiliza a palavra estresse para expressar esse último sentido e a palavra estressor para definir o evento que causa o estresse.


Lipp esclarece que o fator estressante pode ser um evento positivo ou não, mas que emocione de forma marcante. Deixa claro que alguns eventos são intrinsicamente estressantes em virtude da sua natureza, tais como o frio ou o calor excessivo, a fome, a dor ou a morte de alguém querido. Outros eventos tornam-se estressantes de acordo com a interpretação que damos a eles. E essa interpretação é o resultado da aprendizagem que ocorre durante o curso de nossa vida. Pode-se aprender a dar interpretações menos estressantes a uma série de problemas que se tem na vida. Quando se consegue isso, em geral, nosso nível de estresse passa a ser infinitamente menor.


O estresse é concebido em três fases distintas. A primeira, a fase de alerta ou alarme, é a que ocorre no momento que o estressor é percebido pela pessoa; nesta fase prevalecem os efeitos imediatos da adrenalina. A segunda fase, chamada de resistência, ocorre quando o estressor continua presente por períodos muito prolongados ou quando a dimensão é muito grande, onde prevalecem os efeitos protetores dos corticosteróides. É a fase em que a pessoa tenta instintivamente se adaptar ao que está se passando, usando suas reservas de energia. A terceira fase é a de exaustão. Este estágio ocorre quando o estresse se tornou intenso demais e há uma queda da resistência geral e o organismo sucumbe aos agentes agressores.


As pesquisas têm se voltado para a importância da interpretação subjetiva do estresse e em suas repercussões no nosso organimso, de forma aguda e crônica. Em especial no sistema cardiovascular.


O sistema cardiovascular está sujeito às influências neuro-humorais e participa ativamente na resposta aguda ao estresse. Esta resposta consiste principalmente em um aumento da frequência cardíaca, da contratrilidade, débito cardíaco e elevação da pressão arterial sistêmica.


A relação entre a doença hipertensiva e o estresse mental, embora proposta há anos, só recentemente foi estabelecida, com os estudos de Folkow (1988), ao demonstrar que diante de situações crônicas de estresse, o organismo promovia ajustes fisiológicos e estruturais que poderiam desenvolver ahipertensão arterial sistêmica e outras doenças cardiovasculares. Evidenciou-se ainda que níveis elevados de PA, mesmo de curta duração, promoviam alterações estruturais no sistema cardiovascular, especialmente nas camadas média e íntima da vasculatura.


Os estudos hemodinâmicos realizados durante testes de esforço ergométrico demonstraram que nas fases iniciais da hiperetensão arterial sistêmica se observava um padrão circulatório hipercinético caracterizado pelo aumento da freqüência e do débito cardíaco, permanecendo a resistência vascular periférica relativamente normal. Faz referência ainda à teoria da reatividade pressórica em que indivíduos que apresentam respostas pressóricas ou cronotrópicas mais elevadas diante de estímulos mais estressantes da vida diária, teriam risco mais elevado de desenvolver doenças cardiovascular, particularmente a doença hipertensiva.


Um grande número de trabalhos têm voltado a atenção sobre o estudo da reatividade pressórica ao estresse, com o objetivo de determinar o envolvimento do mesmo no diagnóstico e prognóstico da doença hipertensiva.Testes de estresse laboratoriais têm sido desenvolvidos e podem contribuir decisivamente para desenhar os perfis hemodinâmicos e sugerir o curso fisiopatológico da hipertensão arterial sistêmica.


Ugljesic e cols(1996) analisaram o comportamento pressórico de 42 motoristas profissionais e 30 não profissionais submetidos a testes de esforço ergométrico, concluindo que 35% dos profissionais e 10% dos não profissionais apresentaram níveis pressóricos elevados (média de 170/115mmHg). Atribuiram ao estresse do trânsito, a maior incidência de hipertensão entre os profissionais.


Atualmente os estudos científicos têm associado testes de estresse, MAPA. e Ecodoppler visando elucidar as relações entre o comportamento a curto, médio e longo prazo da PA e as alterações estruturais e funcionais ligadas a ela.


Referências:
Nacarato AECB – Stress no idoso – efeitos diferenciais da ocupação profissional. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia da PUCCampinas 1995.
Neri AL (Org) Qualidade de Vida e Idade Madura. Campinas: Papirus, 1993.
Lipp MEN Relaxamento para todos: Controle o seu stress. Campinas: Papirus, 1997.
Lipp MEN O (Org) stress está dentro de você. Campinas: Editora Contexto, 1999.

Autor: Dr. Armando Miguel Jr

Fonte:http://www.medicinageriatrica.com.br/2008/05/23/saude-geriatria/stress-as-doencas-cardiovasculares/