terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A incidência da Síndrome de Burnout entre os professores acarreta prejuízos ...


A incidência da Síndrome de Burnout entre os professores acarreta prejuízos tanto para a saúde do professor quanto para a sociedade de uma maneira geral. Os dados sobre a saúde e a Qualidade de Vida no trabalho docente são alarmantes e os números estatísticos sobre os afastamentos são prova disso.
Em 2009, a principal causa de afastamento dos professores dos seus postos de trabalho foram os transtornos mentais. Em 1999, os transtornos mentais eram responsáveis por cerca de 16% dos afastamentos. Em 2009, a porcentagem subiu para 30% - de um universo aproximado de 16.000 afastados.

                Os aspectos presentes nas contingências do trabalho docente exigem desses profissionais competências que vão além de suas capacidades físicas e mentais. Essas exigências estão relacionadas a fatores contribuintes que podem desencadear patologias físicas e/ou psicológicas, favorecendo, dessa forma, o surgimento da Síndrome de Burnout nessa categoria profissional.

Em relação aos fatores contribuintes para o desenvolvimento da Síndrome de Burnout, são a falta de recursos materiais; as péssimas condições de trabalho; salas de aula superlotadas; alunos desinteressados; e problemas de comportamento. Além desses, podem-se mencionar a carência de material didático e de recursos para as renovações metodológicas, limitações institucionais que interferem no cotidiano escolar do professor, violência e vandalismo, prédios mal conservados, não oferecendo as mínimas condições de uso, crise econômica do sistema educacional e a implantação do programa de inclusão educacional na rede regular de ensino.

A inserção do professor no programa de inclusão nas escolas da Rede Pública de ensino acentuou os seus problemas, tornando a sua jornada um desafio ainda maior. A todo momento esses profissionais deparam com inúmeros fatores que dificultam a sua rotina de trabalho, como acessibilidade dificultada nos prédios e ausência de recursos didáticos, formação inadequada ou insuficiente, entre outros tantos problemas. Porém, além das questões organizacionais e técnicas, existem aquelas associadas à subjetividade desse profissional, pois eles precisam lidar o tempo todo com sentimentos de frustração e de ansiedade, relacionados ao rendimento escolar do aluno, que nem sempre é satisfatório, à falta de empenho dos pais em dar continuidade aos conteúdos desenvolvidos e ao seu sentimento de impotência diante dessa realidade.

Portanto para que este panorama mude é necessário o investimento em ações públicas que visem as melhorias das condições de trabalho desse profissional, tanto no aspecto financeiro quanto no aspecto relacionado a humanização de seu ambiente de trabalho.


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