sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

E mais beijo ...

Aproximadamente 10% da humanidade dispensa a osculação. Consideram o ato indecente, quando não nojento.

(Osculação? É a palavra científica para beijo na boca.)

A Scientific American do mês tem uma reportagem que faz um balanço das pesquisas recentes sobre o tema. Há descobertas da maior importância, como aquela da Universidade de Ruhr, na Alemanha, que demonstrou não importar se o indivíduo é destro ou se é canhoto. Na hora do beijo, inclina a cabeça para a direita.

Há entre 12 e 13 caminhos nervosos no crânio que afetam alguma função cerebral – e cinco deles trabalham pesado no momento do beijo. Mensagens são disparadas de nossos lábios, bochechas, língua e nariz. O cérebro processa informação relativa a temperatura, gosto, cheiro e movimentos os mais diversos e surpreendentes. A resposta aos estímulos vem num coquetel de químicos que afetam para bem ou para mal stress, motivação, ligações sociais e estímulo sexual.

Beijo joga o stress para baixo e a sociabilidade para cima. (E talvez não fosse preciso um doutorado em bioquímica para sabê-lo.)

Se por um lado tais benefícios todos do beijo na boca são comuns a ambos os sexos, por outro homens e mulheres beijam com objetivos distintos em mente – e quem o diz são antropólogos vários. Homens vêem o beijo como o primeiro passo para o sexo. (Uma descoberta surpreendente.) Já mulheres se dedicam ao beijo por conta do aumento de intimidade na relação. (Ora, pois.)

Mas, ainda aí, há provavelmente mais informação do que se imaginava. No beijo, a mulher recebe sinais bioquímicos que lhe permitem avaliar a qualidade do parceiro para procriação, seu grau de confiabilidade – e até mesmo se ele estará por perto para ajudar a cuidar da cria.

FONTE http://pedrodoria.com.br/2008/02/08/por-tras-daquele-beijo

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